sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Pelas madrugadas...

Não tenho dormido e culpo o whisky, culpo a falta de espaço em minha mesa lotada de papeis, vida de escritor é sofrida. Larguei a advocacia, minhas crônicas estão rendendo dinheiro.

As madrugadas são longas e o sono está presente somente em meu corpo, as luzes são fortes e marcam os postites grudados por toda parede, são lembretes, são lembranças, às vezes abro suas fotos e me delicio com seu sorriso, com seu olhar.

A distância está na imensidão dos oceanos, amar é complicado e o seu amor é ainda mais, costumo não desistir das coisas, nem mesmo da advocacia, mas confesso que as crônicas diárias estão me rendendo dinheiro, os jornais me ligam e marcamos reuniões, eu sempre falo que tenho uma noiva, ela viaja muito a trabalho. Ela nunca está presente.

Muitas vezes sento e confesso segredos no túmulo de meu pai, bebemos sozinhos, como costumávamos fazer antes dele morrer, ele sempre foi um fiel ouvinte e hoje entendo às palavras que a mim foram confiadas que me tornaram um jovem escritor.

A pauta desta semana será a escassez das ligações, e como às mulheres ainda fingem se importar com o passado triste. Talvez elas ainda não entendam que todos os motivos criados dentro dos pensamentos mínimos são apenas pesadelos, medo de acordar é uma merda.

Eu preciso dormir, mas antes fumarei um cigarro.

N/A: Honestamente tenho medo deste texto.

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