domingo, 28 de abril de 2013

Domingos que se foram...

Ainda inseguro retornei para a cama, fazia muito frio lá fora e isso inquietava demais o meu domingo, talvez seja síndrome do pânico, talvez seja uma dessas síndromes de não ter você comigo. Eu pouco controlo minha ansiedade e a falta escassa que meu corpo sente do seu jazia o âmago, não quero ser ímpio, mas tampouco acredito em nós dois que arranco aos poucos esperanças que são ínfimas e pífias. 

Pensamentos insolentes atravessam as paredes, detesto o cheiro do café forte do vizinho, me faz lembrar que ela se foi e meu espelho está quebrado, pedaços de vidro no chão, pedaços do meu coração também.

Sigo taciturno por ter acreditado que seria perene, amor pérfido, fui pacóvio e insultei minha própria matriz, tratei meretriz como donzela feliz, maldita infeliz.

Vá-te a merda já que não queres nada, preciso fazer o nó da gravata, até isso Yolanda fazia para mim, hoje não mais, preciso parar de ser petiz e me tornar adulto de uma vez.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Apenas caminhos

Sou discreto, parto para o caminho oposto e passar bem, não quero ser um incômodo. Na verdade, os bons pagam os preços pelos maus e talvez o passado tenha sido turvo, talvez os caminhos eram estreitos e eu tenha feito coisas ruins também, os humanos erram, os bons seres humanos reconhecem os erros, se desculpam e partem para os acertos. É a lei da vida.

Não sei onde nos perdemos, nem quando esse vício por seu beijo começou, talvez enquanto ouvíamos U2 no tape aos corpos suando frio, não te conheço muito bem, mas quero te provar. Quem sou eu para querer alguma coisa, não é verdade? Eu já falei demais, não sei se sobrevivo a tudo isso, não tenho tantas cartas nas mangas, me mostro um péssimo jogador quando o assunto é falar a verdade, pois ela nunca irá acabar e você nunca acreditará, os maus te fizeram assim.

Faça o que você fizer, parta e leve suas coisas, ou fique e deite ao meu lado. Só me avise, pois estou sem rumo sem saber que caminho tomar.

"Quando o sol bater, na janela do seu quarto, lembra e vê... que o caminho é um só... Legião Urbana"

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Até logo, ou não...

Detesto ser viscoso, ser o que não sou, inseguro e imaturo, tentando esclarecer um amor que ainda não sinto, mas quero sentir.

Talvez ela não tenha entendido e por isso resolveu ir embora, por isso não deixou nenhum bilhete e nem fez cerimônia, disse um até logo discreto e se fora para um adeus. Fiquei triste, ela levou dois livros meus, alguns discos e minha camiseta do Corinthians. Sou perito em ser frio, sempre tive todas em meus pés e nunca escondi que realmente fazia isso com louvor, iludirá e dizia desamor. O frio que tomara meu corpo de repente se tornou verão, mais quente que o sol tornei amar essa mulher e devo te-lá assustado, talvez por essa razão tenha ido embora desde então. As mensagens não foram respondidas e ainda sinto o seu cheiro no guarda-roupas, talvez você tenha feito isso de propósito, puta merda, devo ter jogado a grande chance fora.

Não sei onde errei, não sei se mandei mensagens demais, flores vermelhas ao invés de violetas, se deixei de ligar na hora exata, ligando em alguma hora imprópria. Não sei se fizera questão de ser só minha também, minha vida sempre foi volúvel, brisas que passam por aqui fazem suar frio e vão embora, isso já é normal em  minha vida, estereótipo sombrio escondido em algum covil, lobo solitário.

Cazuza cantaria que faz parte do meu show, porém mais uma vez as cortinas do meu se fecham sem aplausos.

Bem-vinda de volta insônia, minha amante fiel.

domingo, 14 de abril de 2013

Domingos assim...

Os sorrisos voltaram e com essa sensação boa o prazer de ter você ao meu lado, já fazem alguns meses que estamos aqui, não quero sair e detesto quando te vejo ir embora. Você finge ser durona, reclama da água fria do chuveiro pela manhã e da chuva no final da tarde, adora colocar a culpa na sua professora ao dizer que ela é burra, ao dizer que ela não entende a magia das suas respostas dissertativas, isso fez a diferença.

Cada vez mais tenho pensado nisto, no bom humor. Não quero tentar ser o melhor amigo dela privando-a de algo, ou tentar ser melhor do que os outros, longe disso... quero ser único, quero trata-lá como única, sem caô, me amarro nessa mulher (já dizia os cariocas) que hora faz tranças, ora deixa de colocar maquiagem. Suas unhas vermelhas em contraste com suas roupas pretas, seu corpo branco enquanto está perto do meu faz os olhos virarem, é claro que as mãos agora estão unidas, aos poucos somos um.

Os papos são comuns, os gostos são naturais, nem sempre parecidos. A amizade nasceu em tampouco tempo, mas já estamos nos confiando os dizeres, fazendo o carinho nascer, sem pressa, a intenção é a mesma, não é verdade?! Se ela estiver longe, eu vou até onde ela estiver, vou ser o jardim mais bonito para ela pousar. Escuto ela cantarolar no serviço, às amigas já notaram que o sorriso agora pertence a mim, enquanto espera o celular tocar nas altas horas das madrugadas. Jovens cautelosos que rompem o silêncio, afinal, ele nos acompanha mais, nós gostamos é de fazer barulho.


sexta-feira, 12 de abril de 2013

Enquanto sonhei...

Quando sai você estava dormindo no sofá, nossa cadelinha Pérola ainda cobria metade do seu rosto e saiu do seu colo para me levar até a porta. Eu sei, fiquei com dó de te acordar e colocar na cama, você chegou tarde e se afundou nos estudos de suas psicologias malucas, modelos de liderança e blá blá blá, nem culpe o meu direito. A culpa não foi minha, eu já estava capotado, meu dia não fora dos mais fáceis, apenas recolhi as apostilas do chão.

Deixei o café pronto, roubei o seu chocolate e nem adianta xingar na hora que acordar, não devolvo! - O dia foi passando e não tive notícias suas, talvez tenha dormido o dia inteiro e esperei algum sinal de fumaça, quando às 17:00 me mandou uma mensagem escrita "bom dia"; como você é cínica. 

Mal posso esperar para o dia passar e ter sua companhia, na verdade me encontrar em seus abraços e ter a pérola brincando conosco um pouco antes de ser a primeira a dormir. Tenho a sensação de que não te conheço muito bem, há pouco tempo estamos juntos, eu sei. Porém eu já sei fazer o café do jeito que você gosta, aos poucos somos apenas um gostar.

N/A: A vida é simples, simples... quem complica é a gente.

domingo, 7 de abril de 2013

Aprendendo da pior maneira...

"Victor, não aguento mais suas mentiras, nem tampouco a escassez do tempo que nos falta e sobra aos seus amigos. Te conheci assim, desde a primeira vez que conversamos me lembro do rosto atento aos livros e as poucas horas disponíveis aos amigos. Mas não dá mais! - Não sei se é por falta de confiança, ou pelo comodismo que nossa relação estacionou, mas não cultuo mais os seus quereres, não suporto mais as suas mãos postas as outras pessoas e não mais aos meus desejos, aos meus problemas, à minha carência. Adeus, não volto mais. Acredite, você foi bom enquanto durou, mas não duramos o suficiente para sermos o seus sonhos, você não sabe os meus. É lindo te ver sair para trabalhar, sempre atrasado com o nó da gravata mau feito, mas você não me olha, às vezes espero um beijo na cama. Não lembro mais quando me deixou o café por lá... faz muito tempo. Obrigada por tudo, por favor não me procure."

Às vezes penso que tenhas razão, mudei e não senti a mudança do clima, agora sou inverno e não sou mais verão. As dores de cabeça são constantes, durmo pouco e quando tenho que ficar acordado ela nunca está ao meu lado. As lingeries sempre estão postas na cama, muitas vezes o batom vermelho me chama ao coito, mas nunca atento a isso. Puta que pariu, talvez não a ame mais, seja qual for meus problemas, deveria ter sido sincero com ela. Ela deixou algumas coisas por aqui, o cabideiro e seu sutiã, o livro que mais gostava das mulheres que roubavam livros apoiando o monitor do meu computador. Caramba, o astrubal surgiu debaixo da cama. Os olhos deles estavam mais tristes que os meus. Tenho medo de não sentir mais amor, fazendo surgir madrugadas e doses de uísques que não acabam mais, talvez não tenha esperança em seus olhos sob os meus, nem sobre seus cabelos vermelhos... puta que pariu, estão pretos, estão pretos!

Será que os post-its tomarão lugares no papel de parede recém decorado, ou terei que mudar as cores vermelho escarlate da sala de estar, ou da árvore e suas maçãs no topo do seu quarto. Afinal, eu dormia mais no sofá sobre minha ebriedade no sofá, às vezes no puff. Definitivamente, não éramos mais um casal, eu sabia cada vez menos sobre você, cama solitária e seus travesseiros.

Eu optei por isso, não quis seguir esse caminho, optei e negligenciei o destino. Acreditei mais em mim e na dor sentida e me escondi para não sentir as batidas de seu coração, respirando por aparelhos, com as veias entupidas pela falta de amor, por falta desta circulação.

Ela partiu e talvez essa seja a dor da perda, as palavras fogem dos livros e não consigo me concentrar, falta luz e quando olho nos espelhos de casa não a vejo mais. 

Nem sequer uma foto porra! - Só dá caixa postal na merda do celular, é duro se sentir só, e fiz isso para ela enquanto fingia estar próximo.

N/A: Ame até o ponto final, ele pode virar reticências e o destino pode voltar ao seu favor. Paz a todos!


quinta-feira, 4 de abril de 2013

Seu corpo é meu

Eu deveria imaginar, o penhasco era íngreme, preferi cautelar todos os pedidos e saber à hora certa para voltar a sorrir. Há tempos ela já espelhava o meu olhar, no começo pouco escárnio, mas cedeu. A lua mesmo testemunhou. 

Agora que sou dono do seu sorriso apaguei as luzes, deixei nossos corpos guiarem o prazer, e com leves toques sobre suas pernas ascendi em ti algo jamais aceso antes, nua sobre mim os gemidos eram só meus, principalmente enquanto sentia seus pelos arrepiarem próximo ao cóccix. Vejo sua satisfação, o prazer carnal exalado suspirava dentro das madrugadas enquanto os diálogos eram deixados de lado, enquanto as roupas se estendiam no chão, enquanto sem passagens secretas me perdia no labirinto de suas pernas e me envolvia em seu calor febril, faço-te aos trancos e jogo seus corpos para todos os lados, mas não o deixo longe do meu, agora somos um só.

Aos quarenta e cinco minutos deste novo dia os olhos viraram, o abajur caiu no chão e as unhas traziam orgasmos múltiplos que esporadicamente e rotineiramente se tornavam especiais para nós dois.

À sua pelve contraia, fazendo com que o ritmo mesclasse sintonias e tons diferentes, aos braços fortes e delicadezas de suas unhas recém-feitas, os pescoços já estavam marcados e urgindo vermelhidão, sem egoísmo, fizemos amor selvagem, amor gostoso, você é minha e depois dessa noite posso dizer que nunca fui de ninguém, sempre fui seu.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Verdades em um dia cheio de mentiras...

E o sorriso dela nasceu desde quando os abraços foram dados, desde quando os leves toques nas mãos eram entregues ao prazer e a saudade que já estava sendo sentida. Talvez ela tenha acreditado que agora é pra valer, ela sabe que é única e que as outras nunca existiram, pois ela move meu mundo, ele tem girado por conta dela, ou não, ou ainda não confia em mim.

Faltou atitude, mas o silêncio dela respondeu aos ventos e por horas indaguei os gestos errados, não acreditei que éramos um casal, nem sei se somos... para bem falar a verdade, não acreditei em seus ciúmes e por fim quis você em todas horas do meu dia, ainda quero cacete!

Rei das saudades e despedidas, você parou no portão e eu não quis olhar para trás, eu quis te beijar e ter o seu corpo, quis te sequestrar e trazer você para o meu mundo. Você nem notará, talvez note a falta das mensagens pelas madrugadas. Mas é como dizem: Quem muito se ausenta, por fim, uma hora deixa de fazer falta. Continue sorrindo, por onde passo recebo notícias do seu sorriso.

Ah merda com esse sorriso bonito menina!