quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A verdade sobre a Selva

As ruínas se fazem meio destroços por aqui, evidentemente a catástrofe se fez, quiça maior do que os Deuses imaginaram, com mais densidade do que o dilúvio que inundou a terra, com mais calor em chamas que os vulcões são capazes de causar estragos, e mais ímpetos que os furacões desabitam as pessoas.

Meio a selva de pedra se faz seca, pessoas secas, nenhum obrigado, nem um bom dia, apenas a dor do suor amargo de um trabalhador, do limbo. Se faz inverno aos desabrigados, chuva aos sem teto, seca no sertão, solidão em copos de aguardentes, sorrisos falsos mais uma vez.

Rio em meio o caos, as lágrimas já secaram por aqui, lástimas ao ver ônibus cheios, homens vulgares atrás de pedras, zumbis em buscas do paraíso, artificial talvez. Mais um dia sem refeição, puro ódio na escuridão.

As esquinas são de paranoias, são de memórias, fotografias sob os viadutos, enquanto o corre-corre das estações se aloja a alma vazia busca algum amparo, mesmo que afogado sob a fauna, principalmente após os leões forem soltos.

A repressão cega os desesperados, ele não precisa de pontapés e cassetetes, ele precisa de ajuda, São Paulo continua fazendo tudo errado, o poder desarmado, acordos latifundiários, precários, somos todos em um só em busca de um prazer demasiado.

Não busquem a opressão, tornemos meios de fazer justiça, com as mãos cheias de calos e com vendas nos olhos, a justiça é cega sim, não por temer se fazer, mas sim por ter medo de ver o tamanho do problema.

N/A: São Paulo em meios verdadeiros tons cinzas, esses sim, nada sexuais, nada excitantes. 

domingo, 25 de novembro de 2012

Planos destruídos

Tempos atrás sabia de ti, com quem andava, o vestido preferido e a cor do seu batom. Sabia um pouco dos seus relacionamentos, merda, isso infelizmente ainda sei.

Mal posso escutar às músicas soarem um jazz antigo, já lembro das nossas risadas, do jeito que deixava a ser ar, sem graça. Lembro dos beijos, gracejos e lampejos, dos pelos arrepiados da sua nuca, dos corpos que queimavam nitidamente vermelho paixão, não mais que os seus cabelos cor de verão.

Não sou mais o menino carente que tu pediste para que fosse, nem tampouco sou engraçado, ando preocupado, estressado, cara de poucos amigos, cara de tempo fechado.

Ainda deduzo que o nosso erro foi ter feito planos demais, e agora às vezes me cobro por esses planos, logo os esqueço, porém ainda os lembro. Durmo e esqueço, uma hora as recordações vão passar, há de passar.

Sumir às vezes é necessário, porém não fujo dos problemas, simplesmente já tenho outros para resolver, simplesmente não condizem mais a você, muito menos condizem então a nós dois.

N/A: Simples, simples e simples.

domingo, 18 de novembro de 2012

Em uma noite de domingo

Enquanto estávamos exaustivos ao som do saxofone, as conversas foram rolando e meus olhos partiram de encontros aos seus. É claro que as conversas eram ditas e há tempos não às tinha, mas o encontro foi singular e quando menos pude perceber as mãos já trocavam carinhos.

Não tenho muitas linhas para falar desta mulher, poucas estrofes resolveriam os problemas, principalmente por ter a sensação de ter perdido a fala, perdido a escrita e perdido o dom de criar algo, ela me roubou tudo, ela fez de mim mudo, apenas amante de seu querer, sem precisar de muitos elogios.

Mistérios a parte, dissera eu verdades em seus ouvidos, a música nos fez raio vívido, momento nítido e sentido, único e restrito. Gosto de sentir os pés saltar o chão, principalmente quando o medo que toma meu coração não é de ilusão e sim adoração. Mantive longe de mim o gostar, agora talvez comece um romance de novo, mesmo que comece devagar, mensagens na madrugada estão sendo trocadas, acho que agora encontrei uma mulher que possa ser minha namorada.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

A sós, sorrisos e olhares

Coloquei o vinho na taça, fiz ela deitar sobre o meu colo. Quis escutar um pouco do seu dia, quis rir das suas risadas e queixar um pouco da amiga má em seu trabalho. O feriado fazia chover e eu estava em paz com ela, desliguei o meu celular e reservei esse tempo para nós dois. Os olhos às vezes se fechavam, às vezes sorriam, às vezes viravam...

Seu corpo começou a esquentar, seu suor corria entre nós dois enquanto nos entregávamos. Sua tara se tornava visível em seu rosto, principalmente enquanto a sua língua passeava pelos próprios lábios, sentia aos poucos seus cabelos repousarem sobre meu peito.

A sede que sentíamos já não era mais de vinho, sobre salto deitei em cima dela, e com isso os gemidos faziam ensurdecer meus ouvidos, não parei e continuei aproveitando seu corpo recém chegado ao ecstasy e sem parar de beijar seu corpo dominei seus braços e novamente comecei, bem devagar... assim não estragava o clima, quase parando. Assim consegui sentir a vibração de seu coração, mas surreal mesmo foi sentir as suas pernas trêmulas ao entrelaçar as minhas.

Feriado prometera um pouco mais, ardores sem hora marcada, roupas no chão por toda casa. Dispenso o cobertor, principalmente por ter seu corpo sobre o meu para aquecer.

N/A: PARA MAIORES DE 18 ANOS.

sábado, 10 de novembro de 2012

Venha e depois vá, faça silêncio mulher!

Achei estranho, mas enquanto dormia as vertigens partia de encontro a fumaça do meu cigarro. Seu corpo contorcia anseios meio ao frio, eu não me concentrava madrugada dentro, malditos trabalhos, foda-se, quero te acordar e transar novamente.

É claro que o abajur estava coberto com seu sutiã, mania nossa simplesmente jogar as roupas para todos os lados da casa, sempre no chão, ou no lustre sobre nossas cabeças, façamos as cortinas pegarem fogo novamente.

Cheguei por trás, seu pescoço roçava a barba que cultivei, sobre saltou sobre mim, ainda trêmula de seus sonhos, já querendo tomar frente à sua realidade. Pude perceber que possessivamente astuta entrelaçou suas pernas em movimentos fortes dentro de seu corpo, e por suas paredes consegui o clímax horas depois, principalmente depois de você jorrar paixão, de pôr suas garras para fora, assim rasgando as minhas costas carne viva, vermelho carnal. Não diga nada, não me pergunte também, pois não estou afim de mentir, cala a sua boca e me obedece;

É claro que minha mão ainda passeava pelo corpo dela, e fortemente enrolei o cabelo por baixo da nuca, gemidos a parte, voyeur ao te estigar. 

Pode voltar a dormir agora, fiz o que queria e preciso voltar a trabalhar. Mais um cigarro se acendeu.