domingo, 30 de março de 2014

Fez-te solidão, amou em vão...





Quem é aquela garota que me fascina, sobe pelas escadas e me alucina, anda na ponta do pé e desatina a minha retina, creatina para meu coração, pulsa em vão, me deixou só, solidão, nasce o outono e adeus verão... adeus cretina do bar, um jazz a tocar e meu coração sem perdão. Ah, meu coração a te amar, pois enquanto me perdi a me apaixonar à primeira vista, lá se vai você iludir mais uns que estão sempre a te procurar, e não vão te encontrar, você há de se esquivar, pois mente ao rebolar, sorriso falso de meretriz por um momento infeliz a saborear a vitória que tens em meu queixo caído, e assim fiquei, jogado aos seus pés, quase exagerado, só não por não ter sido amor inventado, e sim rasgado... vá para o inferno, você roubou meu verso, leve esse sorriso daqui, ele não cabe em meu poema de amor, nem sequer cabe em meu calor, perde-se o sabor das palavras enquanto seus peitos são descobertos por amores vis, pobre e solitária mulher infeliz.

Eu sei que está tudo bem, mas por favor, nem vem que não tem. Desfez o quão doce era nosso amor, falso amor, sobre minha mente desamor em doces ilusões, corações partidos sem perdões, sem emoções, vai-te para o inferno ou me deixe queimar por aqui, solitário em me permitir as lágrimas. Talvez ela se sinta só, talvez esteja tudo bem, talvez não sejamos mais voz, talvez não sejamos querer.

Não finja deixar para lá, você deveria ter ido embora e nem ao menos ter me deixado sonhar; tirei os pés do chão e voei. Quando voltei aos meus passos largos me enganei, sobre seus beijos flácidos e irrisórios por todas as noites inquietas de imperfeição, vá-te ao mundo e me deixe seguir só, porém trilhando bons passos nessa escuridão.


domingo, 23 de março de 2014

Maldita Thereza...



Fiz um esforço inconsciente para continuar a nossa conversa, desfiz os punhos cerrados após quebrar um vaso na parede e respirei fundo. Onde fui criado, vi com certa anormalidade que muitos homens batiam em suas mulheres, e diferente do meu pai, ou do meu avô, jamais encostei um dedo em Thereza, nem em qualquer outra pessoa, num momento de raiva. Talvez seja o novo trabalho e a falta do tempo, não culparei a bebida, pois ela livra meus temores e acalma meus nervos enquanto enceno problemas psicológicos ou psiquiátricos. 

Quando conheci Thereza, estávamos na festa do meu ex chefe e ela tinha os mais lindos cabelos vermelhos que já vi, dançava um pouco e fofocava com suas amigas, eu estava um pouco empolgado com as coleções de livros antigos e conversando um pouco sobre a liga de futebol americano com um sócio do novo escritório que agora estou. Ela abusou da bebida, mas eu percebi que estava entregue aos meus traços saxões, perguntei seu nome e ela falou que só responderia se eu dançasse uma música com ela... que vexame!

O nascer do sol na varanda foi o melhor convite que tivemos para agradecer por termos nos conhecido, nos beijamos e deixamos essa história para lá, despretensiosos e desprovidos de qualquer novidade que pudesse surgir, afinal, não sou romântico, sou cético quanto ao amor, pois não acredito muito nas pessoas; oras, é o meu trabalho, não aprendi a diferenciar as situações e emoções do meu dia a dia. 

Subimos para o quarto e antes de qualquer oferecimento carnal, ela pegou no sono. Era evidente que eu não ficaria lá, deixei um bilhete e fui embora, não deixei meu telefone, caso ela se interessasse, ela tentaria me encontrar.

Hoje completou três anos que estamos juntos, você não parece tão orgulhosa, e eu passei a acreditar nas pessoas, é claro que não com certo louvor, detesto pessoas desconhecidas, detesto fazer novas amizades, detestei a maldita cor preta dos seus cabelos...

Partirás para não voltar, engula seu próprio veneno, sua má-fé dissipara, convalescera nas cinzas e como me culpo a todo momento por termos tomado esse caminho tortuoso e turvo, não entristeço, apenas feche a porta quando sair. Você dissecará em busca de alguém, e quando disseram para ti que eu estava conquistando quatro mulheres além de ti, você acreditou; sempre fora mentira, eram apenas duas... as outras duas é que vieram atrás de mim.

N/A: Mais um romance escrito, e mais uma vez a imagem dos caras da ALLConstrast engrandecem meu simples trabalho.

https://www.facebook.com/AllContrast?fref=ts

Tenham uma excelente semana.

terça-feira, 18 de março de 2014

Minha querida, meu amor...



Gosto de correr ao seu lado, o suor escorrendo da sua nuca vermelha enquanto você reclama dos cinco minutos adicionais postos no cronômetro. Diga-se de passagem, quando reclamas é que sinto ainda mais vontade de estar contigo, ranzinza dos cabelos pretos, sempre tão lisos, sempre proprietária do meu mundo; xinga e grita aos mundos pelo quadro não posto no banheiro (horrível, por sinal... me recuso), e sai nua em pelo de encontro à nossa cama, ainda molhada. As tatuagens marcam seu calcanhar e os pulsos, que ficam evidentemente lindas enquanto brilham o fino sol pelas cortinas semi-abertas. 

Sei que o amor é passageiro, e talvez você vá embora amanhã, porém tenho desvirtuado meus pensamentos irrisórios para nossos encontros perdurarem em um mundo só nosso, sem diferença entre ser ou não ser, eis a questão. Se joga molhada sobre os lençóis e me beija como se o mundo fosse terminar, e faz com que meu coração pare e volte marcar passos constantes ao arranhar suas costas e sentir suas pernas ficarem meladas juntas as minhas; e não temos hora para terminar, pois os movimentos intensos faz ruir as paredes e marcam as minhas costas, minhas mãos meticulosamente acariciam a sua pelve e em um lapso de tempo o clímax é alcançado e inunda o quarto com sensações que lembram o cheiro de lavanda de campo, e é como se mais nada existisse, ao não ser nós dois.

Todo amor é passageiro, mas com ela sempre vale a pena repetir, talvez acompanhe-a e faça com que esse amor só passeie junto ao meu. Na verdade, ainda faltam palavras para descrever o que sentimos e quando estamos na cama, olhando em nossos olhos e falando mil verdades, nós não precisamos de palavras alguma.

N/A: Foto dos caras da ALlContrast, que trabalham 24 horas por dia e só enriqueceu esse blog.

Quem quiser curtir a página: https://www.facebook.com/AllContrast?fref=ts


quarta-feira, 12 de março de 2014

Sobre as manhãs 11 de Setembro...



Foi a saudade, o silêncio que te trouxe de volta, porém só em meus pensamentos. Reflexões madrugada dentro e a escuridão no céu, manhãs 11 de setembro visitando minha insônia, não culpo Deus, talvez culpe-o, fiz como a cartilha manda. Sobre o leito descansa o amor pérfido, teve um fenecimento esnobe, insolente e frívolo.

Provei doce mel, favo do céu, não mais diante prova do descaso, solidão me desarmou, sou puro ódio para mais de uma vida, e calo-me para não ter-te mais. Nem sorrisos, nem mais meus cafés; quiça as tardes de domingo que tínhamos um certo dom para a preguiça, e enquanto você conversava com seus pais no telefone, eu lia e ria como é difícil imaginar alguém feliz, era uma criança ao entrar em um bonito vagão de trem e sentar-se na janela.

Há dias atrás te segui, você estava linda, chovia e o céu turvo lhe dava um contraste interessante com sua roupa preta, talvez seus óculos lhe davam destaques, é um sacrilégio imaginar você sendo feliz por aí, tenho pensado em você, minha nova cadela se chama Pérola.


N/A: Hoje postei o texto com uma foto e assim serão todos meus novos romances, pois as fotos dessa galera da All Constrast são muito loucas!

Curtam a página deles: https://www.facebook.com/AllContrast?fref=ts

Muito obrigado pelo carinho de sempre, boa noite para todos vocês!

segunda-feira, 10 de março de 2014

Desgraçada!!!!

São duas horas da manhã e eu sinto raiva sua, insolente e desgraçada mulher que veste preto, seu salto alto e seu decote me enganaram, detesto você por ser estranha, pensei que fosse minha, o âmago parte ao meio o azo de nossa liberdade, não quero que sorrias, tentei ser hipócrita e fingir que está tudo bem. Maldita, não está tudo bem!

Não quero que sorria, tampouco seja feliz com outro alguém, me senti culpado ao permitir pensamentos devaneios, mas a culpa é sua; pois não pedi mudanças, gosto de rock, do creme que passa em seu cabelo e da sua roupa preta. 

Desgraçada, nunca reclamei das suas loucuras, quis ser louco contigo, pois era louco por você, desgraçada...ainda sou! 

Permita a si mesma a dor que sinto, principalmente nas madrugadas que atravesso, preciso de remédios e sessões psiquiátricas, maldita megera, meu coração partido entregue aos meus copos vazios, pessoas vazias. 

Eu não quero que você seja feliz, queimarei no inferno por não desejar felicidade a você, mas pouco importa, pois tu me fizestes infeliz, sem alma, viajante só, lobo solitário em busca de soluções tortuosas que me fazem gritar em silêncio, meu silêncio incomoda a vizinhança, talvez eu tenha morrido...

Apenas talvez, mas com toda certeza a culpa é sua, desgraçada!