São duas horas da manhã e eu sinto raiva sua, insolente e desgraçada mulher que veste preto, seu salto alto e seu decote me enganaram, detesto você por ser estranha, pensei que fosse minha, o âmago parte ao meio o azo de nossa liberdade, não quero que sorrias, tentei ser hipócrita e fingir que está tudo bem. Maldita, não está tudo bem!
Não quero que sorria, tampouco seja feliz com outro alguém, me senti culpado ao permitir pensamentos devaneios, mas a culpa é sua; pois não pedi mudanças, gosto de rock, do creme que passa em seu cabelo e da sua roupa preta.
Desgraçada, nunca reclamei das suas loucuras, quis ser louco contigo, pois era louco por você, desgraçada...ainda sou!
Permita a si mesma a dor que sinto, principalmente nas madrugadas que atravesso, preciso de remédios e sessões psiquiátricas, maldita megera, meu coração partido entregue aos meus copos vazios, pessoas vazias.
Eu não quero que você seja feliz, queimarei no inferno por não desejar felicidade a você, mas pouco importa, pois tu me fizestes infeliz, sem alma, viajante só, lobo solitário em busca de soluções tortuosas que me fazem gritar em silêncio, meu silêncio incomoda a vizinhança, talvez eu tenha morrido...
Apenas talvez, mas com toda certeza a culpa é sua, desgraçada!
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