terça-feira, 19 de junho de 2012

E o pensamento lá em você

Os pensamentos viajam a cidade inteira, vão de encontro a você, linda ao dormir, pouca roupa me faz suspirar, me queima por dentro. Eu fecho os olhos, escuto o gelo cintilar a minha dose pessoal, suspiros ao te imaginar perto de mim, prazeres transcritos nos meus sorrisos perdidos, ou, de encontros aos seus, mesmo que distante.

A distância pouco importa, os pensamentos estão se encontrando, corações parando aos encontros das mãos. Me olhe da cabeça aos pés, não esconda o seu rosto vermelho, gosto da sua timidez, gosto mais ainda quando dispo a sua roupa, sonhos a parte, pouca luz vejo o seu sorriso brilhar próximo ao meu. Respirações entregues ao prazer, próximos a algo nunca vivido, agora estou entregue a suas mechas loiras, servo real de seu amor.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

E nunca mais voltou

Tentando retratar a insônia posta a mim, quando eternos românticos, éramos sutis, carinhos entregues a um adeus. Foi-te esperança simples à nós, hoje sós em nossos lençóis. Junto a ti o sorriso e vontade de viver, principalmente por ter a certeza de não mais voltar, sorrisos não mais. Clara pele, olhares escuros, tempestades rotineiras, contrastes em luzes foscas, cortinas paixão, vermelho tesão.

Provei doce mel, favo do céu, não mais diante prova do descaso, me faço então, tão somente solidão, meio processos turbulentos, fez-te desfavorável decisão, a mim ódio, para mais de uma vida, um adeus para nunca mais voltar.

domingo, 10 de junho de 2012

Querer estar perto, mais perto de você

Surreal, sorriso loiro, não sei explicar o coração que pulsa, a mão que treme, o suor que escorre na testa. As noites são quentes, você apareceu como um arco iris e trouxe cor para a minha vida, principalmente para os edredons, agora sim, inspirações para quadros abstratos de uma verdade notória.

Os tempos são engraçados, são frios, mas agora não quero mais nada na vida, pois te encontrei, mesmo distância sentida. Os beijos suaves ao dividirmos os travesseiros, várias desculpas para continuarmos deitados nos entregando a um amor novo, uma nova chance de ser feliz. Te dou um beijo, te arranho as costas, sussurros ao pé do ouvido, olhares como se fossem paisagens belas, hoje próximos a nós, merecemos novas chances de sermos felizes, e só seremos felizes se estivermos juntos, pois assim a distância será quebrada.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Um bilhete, um adeus

Começou o frio e sem dividir o edredom você partiu, bilhete na geladeira, café de ontem e um eterno vazio. O tempo se perdeu entre a gente e de repente o orgulho rasgou meus livros. Foram anos de risos, sem confusão, era amor mesmo, talvez ainda seja. As paredes caem sobre salto preto e branco a minha televisão, minhas madrugadas são conversas solitárias, enquanto no vinil a mesma música ecoa os meus ouvidos. Sim, eu entendi, foi em vão partilhar faces intelectuais e esquecer de partilhar amores, principalmente em noites estressantes, noites de café.

Eu via-te dormir, exalava amor, eu sentia o cheiro do seu amor, mesmo quando trancafiado aos ventos de trabalho, mal vi você adestrar o nosso cachorro, mal vi as flores trazidas para dar cor à um ambiente tão sólido e ríspido. Perdi os amigos, a minha família reside distante a mim e você se foi, sem caminho e notícia, bilhete de lágrimas e um fim. Logo eu, que havia parado de beber, logo eu que não pertencia as noites de abraços sem amor, volto para uma dose ou duas, volto para o abraço de qualquer desamor.

"Você merece a solidão, merece um mundo criado por você. Desistir de viver para se descobrir, descobrir a mentira que não consegues enxergar frente ao espelho. Não te querer fora a minha maior vitória, sorte a culpa não ser minha. Mistérios a parte, foi bom estar com você, porém não mais, não por hoje."

N/A: Desculpa a ausência. Um beijo para você, fiel ao blog!