terça-feira, 30 de novembro de 2010

À procura do amor...

Contra a luz eu conseguia ver aquela mulher dançar e dominar todo o espaço da pista de dança. Ela vestia uma saia cós alto preta, e seu scarpin dava leveza aos passos envolvendo à todos os fieis amantes da beleza feminina, encantados um a um tentavam tirar a bela dona para dançar, porque então ela me notaria encostado num bar tomando um whisky, porque tantas trocas de olhares e sorrisos ao canto da boca seriam para mim, porque ao rir com as amigas olhando em minha direção seria um convite para tal dança?

A resposta disso tudo caberia dentro de um "sim", dito há dias atrás por ela mesma  em um papo casual em uma livraria PUB no bairro de Perdizes em São Paulo. E nesse dizer era um convite para um bar em que toda sexta-feira ela se encontrava com as amigas para livrar de todo o acumulo da semana. "IMPOSSÍVEL", foi o que eu imaginei, lendas diziam a mim que as mulheres bonitas só sorriem e não estressam com absolutamente nada, e naquela noite percebi o quão radiante era ela, sem estresse algum e ainda escondida atrás do seu óculos intelectual, não perguntei como a maioria dos urubus à tão sonhada mulher se gostaria de dançar comigo, eu simplesmente peguei suas mãos e sem ao menos conseguir dançar juntei dois corpos em um, ela notou a falta explicita do meu gingado, ria aliviada perto do meu ouvido ao colocar as suas mãos sobre meus ombros e notou  que eu não estava lá por brincadeira, ou seria mais uma história pra contar... ou seria a mulher para a minha vida inteira.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O caminho da glória...

Um pouco mais de paciência para deixar a chuva molhar a minha alma. Estar no caminho certo faz com exatidão o momento certo de cada gota tocar o chão em meu redor.

Com calma de quem não tem o que ceder, e exatidão precisa dos pensamentos. Atitudes começaram a ser tomadas, não tarde de mais, os erros fazem parte da vida e precisamos errar para acertamos à longo prazo, Roldán González vem acertando e triunfando em glória.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Os seis sentidos...

Realidade irreal, foge do fato e o olfato não sente o exalar das rosas, o tato ao perceber espinhos só quer saber ainda mais de sangrar toda alma, que a visão ao chorar energias ínfimas subtrai ainda mais a vontade de viver, de comer, de provar... paladar, não apresentando função digestiva para qualquer vontade de saciar o gosto dessa vida gostosa que és.

Audição medíocre, se ao menos ouvisse o seu amor gritar pela janela, saberia o quão bom é escutar e encarar a verdade deste orgulho, ou talvez a intuição, sexto sentido mais cobiçado entre as mulheres consiga transparecer o dueto que este rapaz faz com a morte, intuição essa entregue aos braços dela, sabendo que irá para um reino melhor.

N/A: Fugindo da naturalidade de ser real, irreal ou louco, ainda me resta a sabedoria da madrugada que contém dentro de mim, se queres saber, mistérios preciosos dentro de mim nunca saberão e serão contados, pois promessas inválidas são ditas aos ventos e sem nenhum clichê, ama aquele que escolhe a noite para amar, dentre todas as mulheres, a morte foi caminho mais salvo e claro para todos os sentidos, o caminho de uma nova vida.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Tentando entender...

Olhares que sobressaem diante a minha janela de encontro a ti, tão longe de mim e separada por apenas um orgulho. A chuva está caindo e a temperatura agradável deste fim de tarde traz bons ventos e boas lembranças, sozinho nesse quarto desde quando você foi embora, havia uma lembrança de nós dois, essa eu te devolvi, como um anel guardado a sete chaves na minha gaveta, às vezes à abro na esperança de encontrar, Deus vem acertando os caminhos e ditando poemas aos meus ouvidos, alguns amores novos marcaram essa minha solidão e tão impressionante como estar sozinho é fato de querer estar sozinho.

Complicado ter lembranças de coisas que não existiram, ideias da minha cabeça ou não, ao olhar o espelho consegui ver sua imagem dentro dele, me olhando de volta, sua franja e seus olhares cor jaboticaba impetraram um domínio mútuo, seria capaz de ficar a noite inteira namorando seus olhos sobre os meus. Sou capaz de amar-te sem pensar no fim da tarde, ou até mesmo esquecer o nascer do sol, é realmente bonito me encontrar sobre o seu amor debaixo do nosso edredon e ver a lua pedir licença para dormir...

N/A: Talvez seja uma certeza de que nunca fomos verdade.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Pra sempre seu amor, pra todo sempre dessa noite

Compro o sexo e vendo amor, dizem que sou mentiroso e iludo as mulheres, elas me pregam numa cruz, mas sabem que é real esse negócio chamado "eternidade de uma madrugada". Elas se juntam, sentam pelos bares da cidade e adoram falar mal dos homens, principalmente de mim, tentam entender como foram burras ao acreditar nas minhas místicas, mal sabe elas que depois, na madrugada intercalada os meus celulares não param de tocar, elas me pedem amor (- Mas ó, segredo, elas não podem saber, agora você só vai ser meu né? Eu abri o jogo contigo poxa?!). Diferença repensar em romantismo, me faço de carente solitário, a história nunca muda, o que muda é a atriz principal da cena, mas elas todas ainda param em frente ao espelho da minha sala movimentando as madeixas, de todas as cores e de todos os tamanhos, algumas preferem whisky, outras vinhos, outras simplesmente vão de perrier. São cheias de razão, e no final de mais uma noite de eternidade* me abraçam e se questionam, falam que sou cafajeste, mentiroso, mas que ainda se rendem aos efeitos da luz.

Eu sou romantismo, caliente e perpétuo... meu nome? Roldán González, em qualquer boteco, escondido dentro de qualquer olhar cordial e atrás de qualquer cavalheirismo jorrado pelos lábios alheios de um grande mentiroso sincero.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Sensualidade e dança

Um corpo que encanta qualquer Deus, mera mortal que sai molhada e despida de um banho frio no meu apartamento, Monalisa te quero de novo e, por favor, me envolva e não vá embora. Enquanto eu bebo mais uma dose de cowboy o seu corpo ataca sobre os meus pensamentos. Que forma sedutora de mover seu quadril frente a mim, está cada vez mais me deixando louco. Sobre a sua cintura as minhas mãos apertam forte e conduz o movimento sensual que sua pele depilada e fria faz aquecer o clima novamente, é óbvio que tu estás no comando, me faz vibrar ao morder o lábio e despir o pouco que falta da minha roupa e o jogo de pernas sobre a cama toda bagunçada só faz um novo quadro, lembrando aquele que Da Vinci pintou, Monalisa o seu sorriso marcou. O amor que estamos fazendo não tem fim, por mais quente e febril que seja, estou disposto a queimar-me para não sentir mais o frio desse quarto escuro. Enquanto me assanha, arranha e me faz subir aos céus, eu tento te conter e te dar todo o amor escrito nos romances, para que juntos possamos ser apenas um corpo entregue às chamas.

N/A: Feito em 10 minutos, como prometido. Até que ficou bom!