sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Noites de chuva

Sair correndo atrás de você às duas da manhã, debaixo da chuva e aos prantos lágrimas secas depois de verdades ditas, ainda cisma ser egoísta, sobrepor o ego e não sacrificar o seu bem, para ser nosso bem. 

Como ficaríamos, caso precisássemos confiar um no outro e nos entregarmos, mesmo quando nos restam pouco tempo?! Sobre seus trabalhos em finais de semana ou sobre os meus, quando torno a perder mais uma vez nosso jantar, nem sequer o café na xícara de nossos principais brindes, nos perdemos e eu não consigo achar o caminho de volta, mas não pela vontade de continuar errando e sim pela vontade que você perdeu, que perdeu por nós dois, tema o nosso fim, pois eu não quero temer sozinho 

Não pense que é fácil para mim, muito pelo contrário, que se dane o cabelo molhado no travesseiro, desde que você esteja lá, pois você nunca estará sozinha, não enquanto eu estiver esperando-te na cama para dormir, como uma vez prometi que jamais daria a mão para te levantar do chão, que cairia com você, e sim, juntos reergueríamos mais uma vez e alcançaríamos a vitória juntos. Somos um casal diferente, nos amamos e não nos entregamos, pode ser diferente, eu acredito em sua mudança e na sua vitória, pois preciso que vença por nós dois.


domingo, 25 de agosto de 2013

Café da manhã na cama é o cacete!

Amanhã de manhã não vai ter café para nós dois, sem cafés e mamões, bom dia e amores debaixo do edredom nos colchões, pegue suas coisas, vista sua roupa e vá embora, leve seus livros se quiser. Se nunca propôs ser inteira para mim, mentiras ditas aos ventos que aos poucos as folhas caem em quebra-cabeças pelas janelas de meu apartamento, como ousa fingir sermos um casal, fingir não poder quando pode com os outros, remédios que não existem e solidões nessas noites frias e solitárias, Roberto Carlos, vá-te a merda com o café da manhã na cama, sentimento surreal não existe, a última que encontrei não gosta de romantismo, ordeno-te ao desamor profundo, já que fui iludido a amar quem nunca se quer amou a si própria.

Por ora, não preciso das suas mensagens, minha secretária eletrônica já está cheia, a chuva cessa e não pede sua presença em minha cama, nem queira fazer tempestade por aqui. Levou o guarda-chuva, ótimo, não quero de volta os beijos molhados, apenas o tempo seco que desperdicei com você.


O paraíso nunca existiu, esvaziei minha casa e enchi os bares, precisei de doses enquanto fingi acreditar que você era a mulher certa, careci de atenção, chorei e sofri. Sem ser segredo, depus o tempo e o domingo nasceu.

Nem queira mentir, blindei verdades por aqui.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Sobre a Clarinha...

Quinze minutos atrasados, mais uma vez estamos na cama. Sem pensar besteira, nosso amor maior nasceu, Clara é linda, puxou o sorriso da mãe, o vento sopra da janela e ela sorri "papai, te amo", estímulo para ir lutar contra leões, voltar correndo e chorar de emoção, primeiros passos e choros ao largar a mão da mamãe, "vai amor, você consegue". Engraçado enquanto a Pérola tenta ajudar a levantar, lambe o rosto da Clarinha que transborda a chorar, tadinha, ralou o joelho e vai arder um pouco na hora que ir para o chuveiro.

Estive um pouco ausente, lutando contra o tempo, perdendo um pouco do carinho para assegurar os melhores amores de minha vida, apartamento pequeno e modesto, orquídea do jeito que você gosta. Hoje sou rei, ontem enfrentei o dragão, galga no meu pescoço que sou o maior cavalo do mundo... a mãe se derrete, não é pra menos, ficamos muito tempo distantes e quando resolvemos ficar juntos, o melhor presente. Voltar para a casa é a melhor desculpa, Clarinha vai dormir e falamos sobre a vida, cansados e nos sofás jogados, vida diferente daquela que havíamos planejado, planejamos demais e nunca dera certo, agora que estamos felizes não adianta sermos modestos, somos um casal feliz, fizemos à escolha certa ao casar, costas nuas e eu estava no altar, seu pai com cara de poucos de amigos, "cuidado rapaz", é claro... diamante precioso, meu amuleto da sorte, na hora que disse sim percebi que era um homem de sorte, sem os flashs que nos cegam, esquecer o mundo e nos ter, viver nossa própria novela...

Barulho no quarto, Clarinha quer mamar e mais uma vez perdi no par-ou-ímpar, qualquer hora eu volto para essa história terminar...

domingo, 11 de agosto de 2013

Noites e só

Deixa tocar um blues, cheiro de beck no ar, kush no pimp e ela acabou de chegar. A saia curta é o convite, ainda entendo os seus sorrisos, consegue combinar os brincos com seus olhares, não se esconda atrás do seu óculos, sente no sofá, precisamos nos aproveitar.

O tema da noite é misturar sabores, deixar os negócios de lado e acabar com essa ponta, deixa a seda de lado e desfila sua mão pelo meu corpo, esqueci sua voz, mas jamais esquecerei seu corpo, minha liberdade é manter a porta com a mesma fechadura.Não precisamos conversar, há tempos não fazemos isso, everlong ou legião, esquecemos o horário e nos perdemos na cama. Sem trocar uma palavra, mais uma vez você se vai, coloca a chave na bolsa e bebe a última taça de moët chandon, mantém a classe vestindo preto, isso não mudará.

Volte qualquer dias desses...

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Por ela, em todos instantes

Por alguns instantes fraquejei, mas encontrei a garota certa, aquela que faz você cair do céu, ela traz o brilho em seus olhos, ela faz suas mãos suarem em contato com as mãos dela, ela faz seu ar faltar enquanto fazem amor, o amor é envolvente e os olhares se atraem. É um sacrilégio, imploro e rezo para permanecer aqui, não queira ir embora, logo agora que você é minha.

Aos poucos ela me dá força, mantém os pensamentos em linha reta, as mudanças estão sendo feitas, as escolhas certas são imãs em nossa volta, o nosso mundo se tornou privado desde então, escuto pelas madrugadas à sua voz em meu ouvido, pedindo mais, pedindo o meu calor.

Estive procurando a paz, encontrei-a com o amor que sinto por ti, estamos partindo daqui, sem rumo talvez, mas juntos por todas as madrugadas de insônia que partilhamos juntos.

Ela não gosta de café, mas prepara e traz em nossa cama, uma ótima desculpa para atrasarmos cinco minutos mais uma vez, uma ótima desculpa para me apaixonar todos os dias pela mulher dos olhares incríveis.

Volte para a nossa cama, nem pense em ir trabalhar, para onde vamos partir depois que sairmos daqui?

domingo, 4 de agosto de 2013

Sem ficção

Longe dos holofotes, estou vivo, sigo caminhando. Os passos não estão tão largos, estou só, enfim... estou bem. Chorei sozinho, sofri enquanto todos dormiam, não precisei de ombros, e olha que ofereci milhares de vezes as vilões em seus scarpins, Deus me fez melhor, fez eu não precisar da pífia ajuda que vinha de qualquer meretriz. Não entreguei minhas madrugadas a solidão, me fez sozinho, mas uni meu coração e minha alma em um só caminho, estou atrás do meu objetivo, as ruas estão me ensinando como conquistá-los, posso estar sozinho, mas estou sempre acompanhado.

Naquelas de crise existencial, os caminhos se confundiram, retornei ao princípio e batalhei tudo novamente, estudei as vitórias e sorri, mas valorizei as derrotas e sobrevivi, vi que estava errado em alguns pontos, puxei um beck e senti a garoa fina sobre minha cabeça, vai julgar ou vai fazer igual, vai fazer melhor?! Eu não pedi para ser assim, sou alvinegro e suburbano, caminho na beira do precipício, não pedi para minha mente trabalhar do jeito que ela se faz, maquinário escravo das minhas ideias e meus ideais. Quando acreditamos em nós, podemos ir mais longe e negando aos hipócritas julgadores, estamos caminhando pelo certo, tenho uma irmã que se espelha em mim, não posso falhar. Tenho amigos que vieram do lixo, como eu, não posso definhar, dormir ao invés de estudar, trabalhar e arregaçar as mangas; posso não estar presente aos meus, mas os pensamentos positivos estão me seguindo, principalmente quando estou fraco.

Amém aos meus, fé!