sexta-feira, 29 de abril de 2011

Por noites assim...

Noite sem fim, perfeita ao nascer do sol, seu corpo nu sobre o meu ainda reinava enquanto a lua pedia licença para se retirar, preferimos uma noite dentro do carro, delírios e gemidos gritados em sete tons, desafinados quando encontrávamos cada ponto que nos deixavam estáticos em louvores arranhadas nas costas. São tantas marcas no meu corpo que talvez eu tenha enfrentado uma guerra essa noite, a maior guerra foi ter visto o nosso amor terminar, e que merda...nem tinha como continuar, estávamos pensando em dormir enquanto o resto das pessoas estavam na hora de acordar.

Eu abraçava ela sobre o frio orvalho da manhã, ela ainda estava nua quando dissera dos sorrisos perdidos no passado, dei risada e nem me preocupei com o tempo perdido que tivemos, se for para ficarmos dez dias separados, terei que ter mais umas 20 noites de amor carnaval surpreendente em cada minuto gemido prazer em cor vermelho provocante. A lei que vigora agora é te ter minha senhora, não vai chegar a nossa hora, pois você não vai mais embora, vai ficar aqui comigo e buscar essa Aurora, pois essa agora é nossa vida, esquecermos um pouco o romantismo e sermos vulgares para apenas nós dois.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Tesouro vazio...

Baú trancado e empuerado jogado ao mar, trancado a sete chaves todos os nossos desejos, nossas lembranças e as felicidades que tínhamos quando ainda éramos um, quando éramos apenas a verdade que assolava os nossos olhares, quando éramos apenas os sorrisos infantis a cada amanhecer de felicidade repleta de afagos e sinceridades ditas à cama. Navegando os sete mares tentei procurar, me perdi em oceanos e comecei a partilhar de novas esperanças e trajetórias que não estavam expostas em minha bússola, visto claro que ela haveria partido sem rumo e sem mim para qualquer distância contadas em léguas e mais léguas de solidão.

Ditas verdades ou não, não consigo lembrar da nossa última risada, nem do nosso último beijo, não consigo lembrar da sua face, nem do nosso desejo, consigo enxergar um futuro repleto de dor e já não tenho comigo mais aquela esperança no amor; ditei tantas regras em nossa relação que acabei condecorado com o erro, agora  solitário nesse mar imenso de solidão, espero logo que a vida chegue ao fim, pois se não tenho você ao meu lado, o baú pode de vez ser lacrado.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Noite friamente verdadeira...

Não quis dormir, amores à partem estava deitada em minha cama no sono profundo aquela que sempre julguei para o amor da minha vida, não chegou nem perto. Ensejada e estigante partilhou facetas nunca pensadas por mim, fiz questão de acender a luz, olhar para a mentira que estava posta a prova em minha cama e cobri-lá de rosas postas a mesma antes de nosso prazer carnal varar as três horas distintas de meros corpos desconhecidos entregue ao falso amor, vi cada pétala de rosa murchar aos poucos, fazendo ainda mais meus sentimento se dizimar em fases múltiplas de arrependimento sexual. Falsa em modéstia e com baixa auto-estima não partilhou de mim sequer um suor que tenha válido riscas de giz do quadro exposto em meu quarto. Partilhei um ódio dentro de mim, trazer tamanha arrogância mentira transcrita mulher morena, em 1,75m altos em seu scarpin.

Incapaz de entender as verdades postas a sua face, sono profundo para nunca mais acordar, ao menos nunca mais pra mim; já que tamanha futilidade se fez uma mera transa sem ricos acordes por um desejo atirado ao vácuo escuro que tens no lugar do seu coração.

sábado, 9 de abril de 2011

Partiu...

As velas se apagaram e nesse escuro costumávamos namorar o silêncio em cantares espessos ao pé do ouvido friamente rígido aos tons afinados do valor de qualquer música que falava de amor. Dei-lhe todas as cenas, o cenário e o papel principal, passos marcados foram vistos por nós dois, as noites afagas na falta de respiração, a vontade de levantar só para te apreciar vendo de cima o seu corpo nu envolto do edredon cor vermelho amor madrugada, não negarei esforços e trovas em , porém já não os mais.

Foi embora, que jeito covarde, prometeu o amor eterno, olhava diretamente pra minha alma, perfazia o vento que vinha da janela semi-aberta do nosso quarto. Eu escutava o som do mar naquela noite, conseguia entender cada marola vinda de leve para não nos acordar do sonho que tínhamos em dois. As palavras da sua despedida ainda soavam sonolentas em minha mente, foram palavras atiradas como pedras que quebraram o meu coração de vidro.

domingo, 3 de abril de 2011

Fazer o amanhecer raiar...

Cada carinho trocado foi uma jura de amor eterno, deitada nos meus braços consegui sentir o seu coração como se fosse meu e acariciar o seu corpo foi o ápice da dádiva que é poder te amar. Trocas de olhares a parte, o calor que tomou conta do inverno, fez a chuva que lá fora caía fosse ínfima ao não conseguir nem por um instante apagar o nosso fogo, que ardia e pulsava faíscas em vários tons, fazendo a madrugada inteira trocas de amor sobre o colchão.

Seria fácil se eu compreendesse os seus mistérios e não os quisesse para mim, mas em cada amanhecer do seu lado, sinto a cada dia mais e mais vontade de desvenda-los. É muito bom dormir na hora de acordar, um convite para fazer pesar o meu travesseiro, traz toda a paz para fazer o meu olho brilhar e me encontrar em todos os seus abraços desabafados da saudade que não pensamos mais em seguir. Posso até ficar um ano sem te ver, desde que eu tenha mais dez anos com você.