Existe algo inexplicável que acontece aos casais recém formados que decidem morar juntos. A conexão, o amor, a paixão e a vontade de ajudar o próximo em simplesmente tudo que podemos.
Não obstante, escrevo esta carta aberta para quem lhe entenda de direito, pois não se trata tão somente dos devaneios e da angústia de simplesmente não estar cumprindo a obrigação por completa, mas também para tentar decifrar o real motivo de ficarmos juntos, dia após dia, lutando contra a vida e leões para provar que o amor existe.
Quão forte pode ser o amor por outra pessoa? O quanto isso pode machucar e ao mesmo tempo curar? Como explicar o amor ainda é uma tarefa impossível, porém conseguimos aos poucos viver e nos acostumar com a presença ininterrupta dele por aqui. Todo canto da casa. Todo canto do pequeno apartamento numa região nobre de São Paulo. É nítido, existe amor aqui.
Será que apenas amor é importante?
Quantas vezes às avessas é dito para ver o copo meio cheio, uma vez que nem sempre caberá reclamações? Por quantas vezes será necessário mencionar que o freio deve ser puxado para não forçar os outros com tanta ordem e rancor? O amor vem de dentro e transcende, eu sei, eu sinto.
O relacionamento construído a dois é maravilhoso, mas devemos sempre nos pautar na verdade de realmente dizer o que pensamos. Note-se: nem sempre a sua verdade é universal, mas deve-se dizer o que pensa; o que sente; o que vê. A verdade é um depender eterno.
Amy Winehouse ficaria orgulhosa e puta comigo, pois eu construí junto com minha parceira algo maravilhoso. É claro que existem cobranças (muitas vezes desnecessárias) e ringues são montados na sala para um duelo de facas, mas...eu disse, mas...na grande maioria do tempo o coração quase para com infartos repetitivos de amor e demonstrações de afeto.
Por fim, mas não mais importante, neste mês de maio comemoramos uma data especial, uma vez que esse sim nos fez ser para a vida inteira. Assim espero, para a vida inteira.
Com amor, beijos do seu homem. 08/05/2020.
