segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Queira-me sem fim

Não tem como negar, Henrique em seu casamento não existe mais par. São 4 anos de casado, 3 anos de brigas, 2 anos de mentira para familiares e amigos e 1 ano dormindo no sofá, não tem mais como esperar, suas costas doem ao ver Jô Soares em sua insônia sem fim...

Dolores, seios fartos, óculos intelectual e beleza latina, secretária geral do departamento de segurança do seu trabalho está tornando uma noite estrelada novamente, corpo quente e ritmo sensual ao dançar em um casebre Cubano ali perto da Vila Madalena, os traços fortes do rosto da mulher e a boca carnuda faz com que Henrique ao dançar esse ritmo quente queira namorar cada vez mais o seu corpo, seu celular desligado faz com que Mayra esteja em casa desesperada a beber doses quentes de whisky, imaginando o pior, sabendo que o casamento está acabado também. Por tempos Henrique esperou Dolores vir em sua mesa e dividir meia hora de café, intenções a parte, vão dividir horas na cama de um motel naquela madrugada, ranzir os dentes e envolver o corpo quente em cima de Henrique faz com que ele se perca e sem querer respirar se afogue em gemidos calientes sobre quatro paredes, ela fez mágica, toda molhada ao som que nitidamente domina, o som do prazer, o som de possuir. No fundo Henrique sabia que essa primeira traição seria a última em sua relação, pois decidiria ali o seu futuro, sabendo que ao chegar de manhã em sua casa, as marcas no rosto de sua ex amada só serão mensagens tristes demandadas de um coração abandonado.

 "- Se o coração sangrar, entenda que fizemos o melhor", últimas palavras de Henrique, pegando apenas a chave do seu carro e seu celular, que já tocará no elevador do seu prédio, Dolores precisava de mais inspiração e não queria mais perder tempo em amores que duravam a eternidade de apenas uma madrugada.

"Padre Nuestro, necesito tu cuerpo de nuevo Henrique, porque ahora me di cuenta me encontré con un nuevo cuerpo para toda mi vida"

N/A: Um pouco de romance, preciso cada vez mais de um pouco de romance!!!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

É melhor, tente entender...

Observei a lua e notei uma indiferença ao olhar nosso amor naquele fim de noite, a madrugada era fria e a chuva que caia sobre a janela não deixava eu dormir; tinha a melhor mulher do meu lado, tive uma noite de coito surreal e não entendia qual era o motivo de tanta insônia e insegurança por fazer o seu corpo pesar sobre o meu.  Talvez seja a falta de diálogo, sei que das nossas conversas, monólogos; sei de nossos perfumes, apenas o seu exalando; sei também das nossas conquistas, apenas o seu novo emprego; talvez isso tire-me do eixo e me deixe tão distante, mesmo estando perto uma distância que não cabe dentro de mim, complicado, não é fácil, mas Deus não falhará comigo agora, mas não vai ter como prosseguir...

Não erramos, tentamos fazer acontecer um sonho que era real dentro de nós, mas não existe mais amor, não vai ter como mentir para sempre, eu não consigo me olhar no espelho com vontade de chorar e quebra-lo em pedaços, a lua que sempre brilhou para nós dois vai se esconder e dessa vez não dá mais espaço ao sol, que coberto de nuvens, faz chuva nessa manhã de verão, escura e fria, consigo enxergar pelo seus olhos o seu coração sozinho, de inúmeros amantes que tu tenhas, ao menos um tu há de perder, sem renunciar nada, só pelo simples fato de não te querer e te amar mais...

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

São Paulo continua Linda, São Paulo continua sendo...

Poeira, caos, trânsito, acidentes e muita moto pelos corredores, determino que São Paulo seja passagens vividas dentro de nós, dentro de um táxi, ou dentro de um ônibus mesmo, os aviões passam tão baixo por nós que parecem estar dentro de nossos fones de ouvido, o táxista fala olhando em seu olhos pelo retrovisor enquanto você folheia o jornal, que notícia caótica, nenhuma novidade daquele deputado federal que foi o palhaço mais bem votado...

Um café da manhã, por favor, quero também provar do seu melhor croissant, a chuva cai fina sobre a terra da gároa enquanto a loucura da avenida tem o vai e vem dos carros. Ter a companhia da família por esta manhã antes de ver todos irem trabalhar. Fudeu, fui escalado para o trampo também, ao menos como no Fidelis um prato exótico acompanhado por uma picanha formuá, petit gateu por favor, na conta do papai, e o shopping está lotado, vejo olhos brilhando, falsos e sonoros ao gritar, me tira dessa solidão, gostoso ver um rosto conhecido, nem mais tão conhecido, porém amigável, até talvez a primeira crise de ciúmes e um desgosto matinal dos meus amores que não moram mais na capital.

O poker é rodiado de bons mentirosos, os melhores por aqui, o champagne é espumante ao chegar acompanhado por uma bartender deliciosa, talvez ela seja o prato principal da noite, ou só dance no pool dance, a cidade que trampa 24 horas por dia não tem descanso, então porque depois desses longos quatro anos eu temo não descansar? Que seja feito esse decreto para não dormirmos e aproveitarmos esses dias, volte rotina e nos trate como novidade, atores de cenas reais, sem script e direção, essa nós mesmos criamos...