domingo, 29 de maio de 2011

Bebidas, noites e surpresas... [Part. 3]

Destinos irreais estavam entregues as núpcias, como se fossemos o maior e melhor de todos os casais, tínhamos em mente aquela sensação boa de estar com quem amamos. Amar, como poderíamos estar amando, se não haverá nem mesmo 5 ou 6 horas de nosso primeiro encontro, já éramos íntimos, já tínhamos o coração aos pulos, batendo forte em nosso peito, estado de necessidade esse criado as avessas de uma ilusão que fora mantida bem longe de nós, porém, ali juntos permanecemos sem sequer notar a falta de conhecimento, ou por hora a falta de desejo, essa não havia, pois éramos desejos puros expostos por cada entranha carnal.

Sem trilhas sonoras, romances ditados, ou piegas parecidos, juntos estávamos nos entregando cada vez mais a esse prazer, como se fossemos as últimas pessoas do universo, ou as primeiras, prontos para encher aos olhos do mundo quatro ou cinco gerações impetuosas nascidas desse amor, éramos nós dois, sem parar, em um quarto singelo, porém quente de hotel, varando dias e noites de amor ao gozo e usufruto de qualquer tipo de ventre permeável e estático para as invejas dos deuses.

Ainda conseguíamos trocar olhares, tocar as mãos, selar os lábios inferiores aos outros, ainda assim, éramos dois corpos em chamas prontos para amar ainda mais, não queríamos o fim, mas talvez ele tivesse dia e hora marcada para acontecer...

terça-feira, 24 de maio de 2011

Bebidas, noites e surpresas... Part [2]

Algo muito forte me chamava atenção nessa mulher, não sei se era o jeito que falava, dançava ou sorria, talvez o jeito que a fumaça sombreava os seus olhares enquanto tínhamos ininterruptas formas de nos ter para um quem sabe talvez romance sem fim que por vida durasse, ou até mesmo apenas uma madrugada.

Resolvemos sair do bar e enquanto entrava no meu carro, quando realmente me veio a si, as chaves não estavam comigo, aliás, mais nada estava comigo, nem mesmo meus pensamentos, todos possuídos por ela, planos escassos e cruéis sobre o esquecimento das coisas. Estava tão alegre encostado no banco que esse mistério travestido de mulher surgiu, sobre a fumaça do meu cigarro guiando todo o nosso caminho para qual ainda não saberia ao certo.

Aos gritos mudos, ela apenas indagou:
-Dirija!!!
-Para aonde? - Questionei.
-Para qualquer lugar que possamos esquecer de tudo e possamos nos entregar, feitos virgens desconhecidos...

sábado, 14 de maio de 2011

Bebidas, noites e surpresas...

A luz fosca do bar deixava a fumaça do meu cigarro ficar ardente nos meus olhares vulgares e cansados sobre uma morena encantadora que sentava perto do palco. Eu ainda conseguia escutar os acordes ricos partidos do palco, o contra-baixo cortava o som do piano, pedi mais uma dose de whisky; E: - Por favor garçom, dê aquela senhorita, o melhor vinho da casa!

À moda antiga, meu blacktie fez com que os risos e afagos já na mesma mesa fossem interrompidos com a finura partitura do saxofone que cortava os ventos daquele lugar, como se fosse uma trilha sonora, olhei no fundo dos olhos dela e consegui enxergar a sua alma, peguei a sua mão e sai dançando pelo lugar, percebi que era ela a mulher certa quando quis me acompanhar, sem ligar para as pessoas que no começo riram e no final batiam palmas e pediam para nós continuarmos.

Fora mais ou menos às 3 horas da manhã, eu já estava alto, e a alegria dela me deixou ainda mais exposto ao certo caminho que tomaríamos aquela noite, as lendas diziam que só os homens que dançavam naquela cidade eram os donos das verdades ditas ao pé do ouvido...

N/A: Continua, essa é a primeira parte da história, obrigado a todos que lerem...

terça-feira, 10 de maio de 2011

Entre nós dois, essa verdade.

Abri uma exceção, segurei a sua mão e te abracei forte na madrugada fria que pairava névoas e neblinas em nossa janela semi-aberta. Consegui entender cada curva sua, encontrei cada espaço seu que não fora nunca tocado com o amor e com a verdade do meu sorriso. Não precisei fazer muito esforço para ter você pra mim, pois partilhamos tantas verdades entre nós, que as poucas palavras e as trocas de carinho foram especiais e sem fim. Foi perfeito ter tido você acordada enquanto todos os restantes dormiam, foi perfeito ir dormir na hora de acordar, o amanhecer bem distante foi ficando bem fraco ao ver você dormir sorrindo.

N/A: Pequeno, simples e verdadeiro.

domingo, 8 de maio de 2011

Algumas, escondidas por nós...

Conheço-te mulher, vistas grossas a falta de beleza daquele rapaz de estatura mediana dirigindo uma BMW conversível, visível a qualquer olho nu o seu interesse profano por estar pela segurança e não pela qualidade. Suas marcas no rosto nem mesmo as maquiagens irão esconder, playboy mal-educado, aprendeu em casa que tratará qualquer mulher como uma prostituta, pois seu pai sempre fez assim com sua mãe, morta por inúmeros remédios tomados contra a depressão. Mil e uma amantes, criou-se monstro para um mundo sombrio, aprendeu direitinho a lição.

Vistas em Victória Secrets, não exalará mais perfume algum, seu interesse não te fez mulher, se acostumou com o cartão de crédito ilimitado e se profetizou cargo prostituta padrão, porém sem respeito algum dessas que fazem o serviço e não levam broncas para a casa e sim, recebem para tudo. Prostituta suja deitada em lenços reais, continuará o seu dia fingindo ser fina e feliz para um homem que faz o que quer com esse corpo imundo e sem amor próprio, postas provas extintas de si, continue fingindo ser feliz nos olhares que sorriem, mas não esqueça das noites em lágrimas que passa sozinha enquanto o seu homem está dando fundos e mundos para prostitutas que cobram por tudo que você faz de graça.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Verdade crua...

Atitudes falhas, inverno sobreposto ao verão, mentiras ditas ao espelho para uma beleza singular e pintada de preta e branca num mundo colorido. Facetas falsas, sorrisos amarelos e olhares inseguros ao dizer mentiras, ao ser a maior das mentiras. Não adiantou todas as mudanças, mudanças tão longe de si que não causaram e renovaram espaço algum dentro de si mesma, mentiras que transparecem a todos a sua volta, em sua volta não mais ninguém.

Portão trancado, jaula e solitária aos ventos, talvez enxergue toda a verdade em suas mãos sujas com todas as suas mentiras e todas as coisas rudes que fizera por todo esse tempo. Jesus Cristo perdoou e você, incapaz por pensar ser a água do deserto, miragem infinita dentro de um corpo segurado e exposto ao fracasso, serás assim enquanto pensar ter o mundo em suas mãos, e ele é grande, gire ao redor nele, pois ele não girará mais pra ti, nunca girou.