domingo, 29 de agosto de 2010

Impossível? não pra nós...

Eu olhava o sol, ele brilhava forte naquela manhã, alguns amigos na minha casa de praia fazendo a festa nas primeiras horas do dia, mas em especial uma; que simplicidade, que prazer, que forma linda de sorrir, talvez eu esteja apaixonado por ela e pelo seu olhar penetrante, ou pela forma que segurava minha mão quando sentou ao meu lado e apreciou a natureza.

-Consigo olhar em você o espelho da minha alma...

Um silêncio depois de dizer isso, um beijo e um amor proibido, interrompeu a minha mão sobre o colo dela:

-Não, eu não posso, você tem a idade do whisky que eu bebo...

Ali caiu uma lágrima no olho da menina, ou mulher, forte segurou minhas mãos e puxou um abraço com a qual não vou esquecer, talvez o amor seja sem limites e talvez não tenhamos idades para amar, não naquela manhã e muito menos para nossa eternidade...

N/A: man in the mirror, MJ foi a alma inspiradora desse texto

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Venho seguindo em silêncio, assim poupo verdades...

Dessa vez meus passos largos são silêncios na madrugada, é algoz daqueles que já foram um dia humilhados, perseguidos e enganados; no meu caso, enganado pelo próprio ego fiz chorar aquela que mais amei. Hoje sei que meu silêncio foi um pedido dela, pelo simples fato de conhecê-la tão bem ao desvendar seus mistérios. Meus passos largos contra o tempo são como velocidades em nós de navios que são ancorados às ilhas desertas, inerte a qualquer tipo de repúdio, às vezes tomo um ar, olho o brilho da lua, algum cair de estrela e sigo adiante com a minha vida. Hoje sei que ando sozinho, dias atrás ela soltou minha mão e escolheu seguir assim. Promessas e dívidas estão sendo cumpridas a risca, sem brigas não a dor, não tem ferimento e as cicatrizes, essas que tenho aos montes ficarão eternamente em mim e vou levá-las com orgulho para esse caminho que sigo que realmente não sei o destino que está.

N/A:"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons."
Martin Luther King

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Escutando o som do mar...

Mais vale noites que são quentes, aquelas que encontramos corpos ao brincar de fazer amor. Quando não se tem fim e os encontros são inteiros, de todos os julgamentos que posso empoçar, serão feitos diante essa noite mágica, que ao cair de estrelas do céu serei seu apenas para a eternidade que carrego o seu sorriso. Não penso em partir, muito menos seguir sozinho, encontrar uma nova cor de um novo amor a cada dia. Em acordes ricos consigo escutar a sua voz como música em meus ouvidos e te ter é fugir do piegas, por que é algo que me foge, não me tens, mas te tenho e agora quero de seu presente fazer o meu futuro, para que o nosso passado em lembranças escritas na areia, mesmo apagadas consigam ser trazidas por ondas e marolas do mar, trazendo pra dentro de nós isso, esse sentimento que nunca nos faltará.

domingo, 15 de agosto de 2010

Escuros a parte, ela ainda sorri pra mim

Sozinho em um quarto escuro lembro-me da nossa infância e do nosso primeiro beijo naquela praça; tiraram o nosso banco de lá... Lembro da nossa escola, eu sempre desenhava um japinha no seu caderno e você sempre rindo das minhas besteiras e por termos medo do escuro nós dormíamos sempre na sala de aula; hoje o prédio em ruínas virou um outro encontro de convenções qualquer e nossos antigos colegas estão por ai, muitos sozinhos também em busca de um sol coberto por nuvens. Lembro das vezes que arrumávamos qualquer desculpa para estarmos juntos ou para nos falarmos pelo telefone, mesmo que em uma madrugada fria e de pijama na rua; lembranças fazem toda noite eu mergulhar no fundo do oceano de minhas recordações gostosas que tive, que bom que tenho você para segurar minhas mãos, assim não me afogo; antes sozinho em um quarto escuro, do que afogado em um oceano inteiro de solidão...

N/a: 17:06, a própria cena é aquela que vivemos no dia-dia, o amanhã de ontem é agora, por isso a ideia é viver o que temos conosco, estou tentando abrir os olhos e com ajuda dela vou conseguir...

domingo, 8 de agosto de 2010

Sem fugir do real...

Ela costumava dizer que não me conhecia, me achava misterioso demais para ser o seu amante, falava ao meu ouvido que talvez eu fosse o príncipe que chegava de capuz em um cavalo, o medo fazia-me agir, vai imaginando como termina o enredo...
Varandas em nossa volta, o vento vem de frente, quase me derruba, mas eu penso em paixão, tesão, sei lá, um pouco mais, talvez amor, mistério, mistério...
Meus olhos fechados não reluzem no espelho, ele está quebrado, hoje sou apenas cacos de vidro no chão, piso sem sentir dor e sangro ao ver meu coração parar de bater, passado é passado, museu, ou capítulos de um livro, lembranças que tenho de nossa última noite, nem sei mais esse caminho da felicidade, feliz natal ou felicidades de aniversário, caminho sozinho há tempos e sozinho nessa solidão sou só um vão observando meu medo, nuvens que não saem do céu molham meu corpo, talvez olhe pra cima e peça desesperado à Deus por ter você de volta... ou talvez só passe as noites inteiras rezando e implorando a ele, que cuide e zele por ti, que esteja contigo quando não estou.

N/a: Talvez hoje, esse texto é o que mais chega perto de mim, dos meus sentimentos e de todo esse paradigma que estou vivendo, estou andando como um lobo solitário, mas ainda consigo enxergar uma estrela nessa noite.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Do amor que ainda guardo dentro de mim

Ponho-me em partida, nem deixo o bilhete querida, quando lembrar de ti, lembrarei também deste amor proibido. Talvez eu volte, certa de que queres meu amor, com pudor exalando perfumes de rosa ao seu toque; no jardim só vejo pranto, inverno secou as que não falam mais, longe de ti apenas tristeza sobrou. O destino que queria escrever só apaga esperanças que me faz partir e abrir os olhos nesse momento, assim na despedida dessa estrada vou juntando fatos que fiz errados para acertar, acertos esses em que só fiz errar... Nesse deserto, meu peito está vazio, conselhos não me cabem mais e garanto a mim que o tempo a saudade que sinto se vai...

Mas hoje não à sinto no mesmo caminho que o meu, faço-me alvorada a partir e deixar você, assim não me posto olhares para nunca mais chorar, não por ti...

N/A: "Eu à tive, não a mim, faltava só nós dois, o amor já estava nos esperando ali, ou ainda estão..." - Ouvindo Cartola- 1974, O MESTRE que inspira sonhos e realizações...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Uma pós vida

Teria tido compaixão a nós, teria desconfiado de um coração soberano que assolou nós dentro do meu peito. Monstro real que me tornei, fraco ao me perder, não sei como aconteceu, surpresa essa que me tirou do sério, cai e por lá permaneci, arrancando o último suspiro meus pulsos frios faziam com que meus olhos estremececem a falta do seu corpo junto ao meu; Partir-te pra longe me faz pensar no leito da morte como uma saída óbvia para todos os problemas que passo aqui sem te-la por perto...

Talvez seja o céu, te vejo toda de branco, passeando pelos automóveis desta avenida, a chuva que cai não à desfaz; maquiagem definitiva, não desfaz o seu sorriso. Lindo amor, não a tenho mais, mas ainda consigo ve-la sorrir aos brilhos de luz que reflete o anel dado no escuro, Narcisio teria inveja e te mataria, antes mesmo de se afogar, o reflexo dele não é igual o seu ao ajoelhar-se perto à mim. Pode ser um sinal, morto estou sem você e se você veio até aqui por mim, é por que ainda preciso escrever mais alguma história de amor com você lá em baixo, caso saiba como me puxar, me envolva em olhares voyeur