domingo, 8 de agosto de 2010

Sem fugir do real...

Ela costumava dizer que não me conhecia, me achava misterioso demais para ser o seu amante, falava ao meu ouvido que talvez eu fosse o príncipe que chegava de capuz em um cavalo, o medo fazia-me agir, vai imaginando como termina o enredo...
Varandas em nossa volta, o vento vem de frente, quase me derruba, mas eu penso em paixão, tesão, sei lá, um pouco mais, talvez amor, mistério, mistério...
Meus olhos fechados não reluzem no espelho, ele está quebrado, hoje sou apenas cacos de vidro no chão, piso sem sentir dor e sangro ao ver meu coração parar de bater, passado é passado, museu, ou capítulos de um livro, lembranças que tenho de nossa última noite, nem sei mais esse caminho da felicidade, feliz natal ou felicidades de aniversário, caminho sozinho há tempos e sozinho nessa solidão sou só um vão observando meu medo, nuvens que não saem do céu molham meu corpo, talvez olhe pra cima e peça desesperado à Deus por ter você de volta... ou talvez só passe as noites inteiras rezando e implorando a ele, que cuide e zele por ti, que esteja contigo quando não estou.

N/a: Talvez hoje, esse texto é o que mais chega perto de mim, dos meus sentimentos e de todo esse paradigma que estou vivendo, estou andando como um lobo solitário, mas ainda consigo enxergar uma estrela nessa noite.

2 comentários:

FelipeStifler disse...

Sensacional velho, a cada vez que leio seus textos, estou convicto de que sempre vem melhorando e aperfeiçoando sua escrita. Parabéns meu irmão.

Paty BiaR* disse...

Como sempre arrasando nos textos!!!
Lindo demais...Gostei!
Parabéns Vi.

Beijos...pulos: saudade!