segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Seus amores vagabundo...

Rumos incertos percorridos por uma rotina solitária, o valor do melhor colo que tive foi deixado aos prantos para rumar essa vida debaixo da chuva e choros intensos. As vezes me apego tanto às nossas recordações que acabo esquecendo que não existirão mais, distância criada dos corpos ao reconhecer lugares incertos e escuros. Minha última visita ao amor foi por uma dessas que encontramos nos sinais, atenta ao não borrar o batom, pegando os quarenta reais para gastar com 20 gramas de pó e dois litros de leite para os filhos. Cotidiano suburbano vivido ao redor dessa selva de pedra, aonde os lugares com mais luzes atraem corpos solitários para qualquer prazer gemido de praxe por qualquer vagabundo incapaz de encontrar o amor.

Consegui me render a alguns encontros assim aonde as damas da noite serviram mais para psicológas do que amantes em gemidos e arranhões nas costas. Acredito que as ideias que tive conhecendo novas pessoas a cada dia foram despedidas para um Adeus eterno. E mesmo sendo convicto dessa minha solidão, consegui me perder e me encontrar a cada dia iniciado, sem ter endereço certo e a procura de qualquer cama vadia por alguma mulher buscando um sexo casual num gole de bebida.

Aos poucos fui entendendo a magia de viver sozinho e rumar o incerto, ganhei dinheiro na vadiagem e alguns pequenos furtos na casa de certas mulheres, mas nunca me apeguei a ganhos materiais, porque sempre encontrei valores melhores nos olhares trocados, frustações nas despedidas da minha vida comecei a curtir o nascer do sol, pois sempre foi esse horário que comecei a abandonar mulheres que jurei o amor eterno.

Sei que estou errado, eterno vádio, mas com a experiência que fiz, criei-me ao redor de leões que foram matados a cada dia, passando por um mar de problemas a cada noite em que passei vivo com a graça de Deus, focado em começar o dia melhor do que a noite de amor vulgar... Um eterno vagabundo.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Uma parte de mim...

Enquanto você dormia eu te namorava, poemas e versos feitos ao fazer carinho sobre seus cachos, a cada dizer amoroso e carinhoso dito, conseguia enxergar além dos seus sonhos o seu sorriso, conseguia sentir o toque da sua mão e seu coração pulsar quente sobre meu corpo, meu mundo girava amor, te namorar em silêncio e dizer te amo, suas sensações eram as mesmas que as minhas, e nessa madrugada intensa de amor eu fiquei acordado, só pra te ver dormir bem.

Foi como estar dentro do seu sonho, essa nossa verdade escrita no destino. Não consigo lembrar da minha vida antes de te conhecer, antes de ter você; amor perfeito e surreal em meus braços para toda a eternidade, meus medos do escuro todos foram sumindo, a cada noite de insônia, preso por seus encantos, preso em seu corpo e na sua essência adormecida, talvez por saber que ao abrir os olhos, toda a manhã ao seu lado, sei que faria luz, sei que o sol de cada dia abriria um sorriso ao trocar mais olhares perpétuos ao nosso amor.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Façamos um brinde

Chovia fortemente e deitados sobre o casaco de Don, Rachel Ticotin ainda dosava as doses deste vinho tinto que fora achado nessa adega abandonada distante ao sul de Nova Jersey. Encontro casual dessas almas tão distantes quanto os pensamentos que flutuavam sobre o luar. Não tinha luz e estava frio, fazia os braços entrelaçados se perderem por carinhos intensos e gentilezas ditas aos ouvidos amantes daquela noite que prometia não ter fim. Sonhadores que fugiam do óbvio, fazendo com que o natural surpreendesse ainda mais, aonde apenas uma noite não interessaria mais, nem tãopouco a madrugada que terminaria corpos abraçados ao sol que brilhava sobre as gotas que caiam levemente das árvores, que ao vento trazia o som dos pássaros, sem medo agora de perder o que nunca tiveram, sem ter que perder a verdade da estiga.

sábado, 1 de janeiro de 2011

VIDA!

Ela saltava uns 15 centímetros de seu scarpin e ao sair do táxi naquela tarde chuvosa fez todas as nuvens desaparecerem para o sol brilhar os seus astros, evidente foi ter ficado parado e estático ao ver ela se dirigir até a mim. Esse encontro demorou à acontecer, foi como a espera de um grande filme, ou lançamento de Dvd do Kanye West, mas estávamos lá, vistos do camarote por muitas pessoas que estavam crentes à acreditar que a beleza tinha nome, todos sabiam que o nome dessa deusa era Amélia. Ao subir para o apartamento de Roldán González ela vinha cismada retrucar todas as facetas de suas dúvidas que não tinham respostas, e convincentes foram as respostas de Roldán até encontrar o êxtase daquele amor perfeito.

Os corpos já estavam quentes quando as risadas e os sussurros ecoavam ouvidos ao brindar o silêncio daquele amor perfeito, eternidades ditas à prova não conseguiriam provar os corpos encaixados, perfeitos e feitos um para o outro; o som do mar, bem ao fundo deu grandeza para todos os carinhos e a eternidade não teve fim, nem mesmo quando conseguimos repousar os corpos sobre o lençol conseguimos parar de pensar em nossos momentos, mais vivos para nós, vivos por nossas verdades e vivos para tudo o que conquistamos juntos.

N/A: Feliz 2011, positividade!!!!!