terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Com você nunca mais

Lembranças do verão que passamos juntos, o sol pouco nos brindou, pois o calor se fez em nossa cama, rasgando os cobertores, entrelaçando as nossas pernas enquanto ditávamos o ritmo de nossos suores, de nossos quereres, éramos felizes, um corpo só, sorrisos em vão.

A partida foi triste, sempre escolho partir enquanto dorme, poupo o choro da despedida, costumo me esconder na sombra e pisar devagar, com o mínimo de barulho possível para não te fazer acordar, conheço seus sonhos, tenho medo de partilhar-lhes a mim, a nós dois.

O ano está terminando, os presentes vieram e se tornaram passado, diante exposto ao que vivemos, entendemos que não seria possível existir nós dois, não por muito tempo. O ano vai nascer, e pedidos a parte, você não faz parte deles, pois você não é mais apenas um presente meu, principalmente depois que começou a compartilhar sorrisos com outro alguém.

Há de sorrir aquele que escolhe ser feliz, sorrisos sinceros com alguém que detém esse querer, pois o desgaste é tanto, é tamanho, que motivos para sorrir contigo não há mais, prefiro sorrir sinceramente sozinho ao invés de sorrir mentiras com você.

N/A: Último do ano, boa virada à todos. Aproveitem, façam amor, não façam guerra.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Pensamentos...

Dispensei o táxi e segui a pé. Os pensamentos ainda são confusos, são turvos, na verdade, são distantes e frios, diferente da primavera exposta que tenta abrir meus olhos. Antes de partir, te vi dormir, os lábios pequenos e o cabelo desarrumado, o perfume que exalava os finos lençóis e sua pouca roupa, quanto menos melhor. Te cobri um pouco mais e beijei sua testa antes de partir, faz parte da minha essência te proteger, mesmo não sendo mais seu homem, mesmo sendo apenas mais um, ou não.

Enquanto caminhei vi o tempo passar, o banco que costumávamos sentar e até mesmo a árvore que nos prendia horas enquanto tirávamos as fotografias com sorrisos largos.  A distância é inevitável, principalmente por não ocorrer mais ligações, principalmente por todas as mensagens que não são trocadas, e quando trocadas, mensagens vazias, sempre em branco. O porteiro me interfona às vezes, sempre tenho certeza que não é você que me procura, nunca limpo a casa e tento te impressionar com as flores.

Não somos mais jovens, o tempo se perdeu entre nós, porém, hoje enquanto caminhei pensei em como éramos, senti seus olhos castanhos sorrindo para mim, pensei e relutei contra meus pensamentos. Na verdade é uma merda sentir esperança, mas acho que talvez tenha esperança em nós.

N/A: Virá com ela que entrega
Virá, sim, assim virá que eu vi
Virá ou ela me espera
Virá, pois ela está ali (Skank)

domingo, 16 de dezembro de 2012

Sorrisos que voltam, para nunca mais partir


Enquanto passávamos os invernos frios, sozinhos e sem notícias algumas, às vezes pensava em ti. Às vezes as consequências até faziam que eu pensasse em como seria se você estivesse comigo, ou se ao menos as chances bateriam as nossas portas para ficarmos juntos.

Ontem mesmo, enquanto caminhava com meu cão pela praça, conheci pessoas, os sorriso eram altares particulares, as risadas fizeram parte de mim, acho que aos poucos estou colocando a fio esta solidão, aos poucos não lembro mais como éramos enquanto juntos, enquanto jovens.

O fim da faculdade, a vida em um apartamento pequeno, amigos que vem durante as madrugadas para chorar as mágoas e afagar gestos, como as amizades colhidas, talvez agora esteja pronto para alguém, e esse alguém não será você.

Nesses desencontros, um rosto conhecido, partilha das mesmas ideias, inclusive do mesmo time, talvez goste do inverno, assim como eu goste, mas não abandona o querer de fazer verão em um quarto, querendo encantar as cortinas ao fogo, inclusive ao suor, partilhando as roupas no chão.


sábado, 8 de dezembro de 2012

Enquanto o sol não nasce...

Enquanto as doses de whisky se esvaiam, meus olhares permaneciam atentos aquela garota, que com os lábios vermelhos e cabelo preso me enfeitiçou. Era claro que a noite brindava encontros especiais. O casamento correu perfeitamente bem, com os lustres brilhando sobre nossas cabeças, enquanto o teto tremia aos acordes ricos que os músicos tiravam em suas músicas clássicas.

Em um certo momento, dediquei meus ouvidos aos velhos do lugar, conversamos sobre negócios e obtive informações interessantes para a minha profissão, porém deparei o tomara que caía saltando seus 15 centímetros e meu coração obteve outro foco, conquistar aquela mulher.

As mãos se tocaram e sobre os ritmos dos amigos ao nosso redor, podemos perceber que era o certo a ser feito, que nós dois estávamos entregues e abençoados para trilhar um caminho feliz. 

Ao te levar embora, enquanto parei na porta da sua casa, os sinais eram claros, porém precisava partir, mas o bilhete deixado em meu bolso, com o beijo do seu batom no guardanapo e seu número de telefone, rendeu novamente quereres de ter alguém, e agora sim, com absoluta certeza, após todo esse tempo, sim, sei que você é minha.