domingo, 29 de julho de 2012

Corpos se tornam um.

Gregos e troianos, libra e escorpião. Brindávamos vodca, chopp e nós dois. Mistérios nos olhares, vestido curto em seus convites. Calma! Não apressei os passos, resolvi fumar um cigarro, veio de encontro a mim, parecia minha dona, eu gostei. Revelados segredos de um passado não tão distante, seu ouvido estava muito   próximo da minha boca, é óbvio que começaria ali mesmo a seduzir um lugar só nós dois, menos luz, mais contato, menos roupa, apenas no chão.

Você gostava de chamar atenção, em minha reserva preferi tomar um banho, silêncio em meio aos gritos, seus gemidos e sussurros são provas explícitas em minhas costas. Escondeu tempos de colégio, não mais, despe o roupão novamente, atenções a parte, é sexy e sedutora te ver nua no meu quarto, pego-te junto a mim, beijo o seu corpo, excito os ares e as cortinas pegam fogo, se fez verão.

Orgasmos se fizeram, o seu calor febril, meu corpo dentro do seu são quereres de noites a mais, vinhos a sós. Seu corpo sem mapa, descubro as vibrações aos sons que fazes enquanto te toco, suas pernas tremem junto as minhas, navego oceanos e sei por onde alçar as velas. Você pode não saber, mas já é minha.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Falso amor, se foi...

Tenho me sacrificado demais no trabalho. isso tem me afastado das mulheres, na verdade, uma em especial. Meu celular não toca mais, e aos poucos minha agenda pessoal é ínfima perto da agenda do meu servphone, 24 horas ligado.

De todas que tive, a insônia nunca me abandonou, e por todas essas noites, resolvi engrandecer um pouco mais de que, infelizmente terei que fazer sozinho por um longo tempo. Minha mente está cansada, estou feliz, o vento favorece quem alça velas pela manhã, isso em tese. Pontos relevantes são jogados em minha direção, nem o reflexo do espelho consigo enxergar mais. Antes me reconheço, desconheço o amor, e por anos, descobri, fingi perder, redescobri, por fim, pouco fiz questão de ter. Talvez tenha cansado de mentir para mim mesmo e resolvi não acreditar em você e em suas lágrimas. 

Sorrisos a parte, o meu tu não terás mais, cafés quentes e companhias de domingo, você nunca me quis para uma vida inteira, não faço-te questão para apenas uma noite, até porque, já tive duas ou três. E que isso fique bem claro, meio dias cinzas, o sol, aos poucos volta a brilhar por aqui.

domingo, 22 de julho de 2012

Um tempo por nós dois


Desde que chegou aqui em meu apartamento, você pôs um sorriso colorido as flores que pareciam mortas, não aguentava mais os choros baixos que faziam companhia a minha solidão, a minha insônia. Às cores voltaram e as cortinas foram abertas novamente. É bom acordar de manhã, a saudade toma conta sob a cama desarrumada, sem motivos para arrumar, principalmente pela vontade de sentir frio e nos jogarmos para o nosso verão.

Café na cama, risadas gostosas meio gemidos, tudo é tão perfeito quando o tempo para, só nós dois sentimos ele parar, o mundo é nosso, ele gira por nós dois.

Tenho trocado meus planos, pois agora já tenho os seus sorrisos, os seus beijos e seu corpo. Imagino-nos para sempre, apaixonar-me por todos os dias às cores diferentes de seus olhos, os caminhos sem atalhos que minha mão, sem pressa, passeia sobre o seu corpo, um amor novo que nasceu, essa noite é nossa para toda eternidade, meus olhos são teus, sem menos esperar sou teu novamente. Seja como for, lutando contra o frio, fazendo mais uma vez nascer verão.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Amores estudantis...

Me chamo Lindsey, na verdade, faço letras na melhor faculdade do país. Me notariam se eu usasse decotes, ou mini saias que aos trocares de pernas fariam alguns meninos babões caírem aos meus pés. Mas não, meus cabelos presos fazem as minhas olheiras brindarem um pouco do meu cansaço e meu estado de espírito rotineiro. Já me entreguei algumas vezes, mas nunca sorri de verdade, não até chegar atrasada na aula de conclusão lógica intelectual.

O professor expressamente me notou, ofendeu algumas palavras sobre atraso, onde, na verdade, até consenti, eu gostei. Ele, discretamente fingiu retoques na primeira redação, ele notou o jeito que sorria. Minhas bochechas marcavam os meus olhos, logo, eles fechavam um pouco. Não posso acreditar que isso nos dará algo, um futuro, ou apenas um caso, mas estou apaixonada. Ele flerta durante a aula, desde então soltei os cabelos, os olhares são penetrantes, é como se ele soubesse que o que eu queria seriam duas aulas ou mais, particulares, vinhos, músicas aos baixos tons e um pouco mais do que indiretas, um pouco mais diretas.

Em dias de chuva, como moro longe da faculdade, sim, chego atrasada. Talvez seja proposital, afinal, os olhares recaíram a mim. Que mulher não gosta de se sentir desejável? Mas nesse dia, eu queria mais que isso, eu queria aquele homem para mim. Mais ninguém, eu saltei meu scarpin, meus dentes pareciam brilhar as luzes. Eu notei o tique nervoso dele, talvez seja a deixa, hoje será um grande dia para mim. Será um novo começo para nós dois...

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Talvez sobre o seu Adeus.


N/A: Primeiramente, o texto é longo. Então, o desfecho também é longo. Obrigado e boa leitura a todos. A semana será próspera. Sei que vai, vocês merecem.


Detesto beber quando estou sozinho. Na verdade, desde que ela foi embora a minha vida se tornou uma merda! Gosto de termos vulgares, na verdade, gostava de tudo enquanto você estava aqui. Eu trabalhava demais, finais de semana de café, processos e termos jurídicos. Enquanto aos potes de sorvete, você xingava os caras que faziam as mulheres sofrerem nos filmes. Você não percebia, mas eu parava de trabalhar para te ver chorar de saudades dos seus pais, sofria muitas vezes calada, eu nem estava lá para segurar as suas mãos. Muitas vezes o nosso bulldog foi melhor amigo do que eu, merda, novamente. Eu sempre quis você, mulher dos meus sonhos, e quando, na verdade à tive pra mim, não soube aproveitar os seus sorrisos. Certas experiências levarei para mim, na verdade, você foi embora há sete meses e nunca mais enxerguei colorido frente ao sol ríspido do outono. Nosso filho está crescendo, está gordo, e quando chego ele late sem parar. Às vezes, com a televisão no mudo, rotineiramente o vejo ver os filmes e as séries que você costumava  assistir.

Não me agrada escrever sobre você, principalmente por seus pais terem razões, sair do interior e vir morar em Nova Iorque foi uma atitude corajosa, mas éramos imaturos. Sim, talvez as pessoas só aprendam a dar valor quando realmente vão embora, se perdem ou não querem mais cruzar olhares diante corpos molhados  entregues ao amor. Por falar em amor, nem lembro quando fora a nossa ultima vez.

Ah sim! Há tempos não escuto sua voz, sempre que ligo, você nunca atende mesmo. Talvez nem queira atender, ou perdi seu número de celular. Infelizmente tive que tirar aquele espelho de nosso quarto, não gosto de ver aquelas fotos penduradas por lá; por dias, todas as pastas que abria em meu tablet estava lá, todas as nossas fotos. Ou nenhuma foto nossa, enquanto juntos de verdade.

Não consigo terminar esta carta, não da forma que queria, ou pedindo para você voltar. Eu sei a sua resposta, sem ao menos perguntar. Sei que nunca fomos nós dois, não ousamos a isso. Então, até logo, quem sabe, de uma vez. Adeus enfim. 

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Sem palavras...

Queria diante amor apresentado, taças e um champagne comemorar seu corpo sobre o meu. Onde estamos? Para onde partimos? Somos distâncias incalculáveis por ligações no meio da madrugada? O nosso telefone ainda toca? O meu não, há tempos não. A sua pele era macia, tinha cheiro de maçã, amanhecíamos depois de uma noite de amor, entregava o seu corpo como passeio preferido das minhas mãos. Eu costumava conhecer essa estrada, rotas para um destino, o seu sorriso. Não temos pressa, o passado não nos pertence mais. Faltou arriscar, tentar e acreditar que podíamos ser algo mais real. Talvez ainda sejamos, todas as músicas parecem ser nossas, as flores ainda nascem frente ao inverno, às vezes as lembranças fazem o vulcão entrar em erupção. E como, qualquer costume presumido, costumo ainda dizer que nasci para você.

Brindemos a distância, os olhos às vezes se encontram, quisera eu, fechá-los agora. Brindes a algo que nunca tivemos, momentos a sós, sem telhados quebrados, luzes do sol em meio fio, celulares e problemas dos outros. Esquecer os outros e viver algo nosso. Podemos partir agora, aliás, precisamos partir para um futuro que seja nosso. Só eu e você.

N/A: Se eu me olhar no espelho, não sei quem sou. Quase um mês sem escrever. Solenes desculpas. Tenho trabalhado demais. São poucos fãs, mas são sinceros. Vocês me cobram. Eu sei.- PS: Eu não sei mais a cor do seu cabelo, se és vermelho, loiro, moreno. Se sua pele está morena, ou clara, Diante o sol. Não sei se ainda é Palmeirense, e gosta de discutir futebol comigo. Mas sei que está lendo, de algum lugar. Eu sei que está.