domingo, 30 de junho de 2013

Sobre um novo começo

Destino inverso, inverno e verão, dois corpos se tornam um só e nem queira fingir que isso é passado, presente demais, futuro garantido ao lado de quem gostamos. Afinal, o segredo da vida se baseia nos sorrisos e abraços, talvez seus beijos também fazem bem para mim, fazem bem demais, diga-se de passagem, isso é certeza.

Quanto tempo faz não importa, não reluto e critico, sei que és minha, obrigado por me valorizar, já foram tantas sem valorizar, tantas sem amar, talvez o amor salve o nosso passado ruim, eu também sofri por conta das meninas que só me iludiram, não pense você que só os homens são maus, ou ruins, algumas mulheres também são, não vamos nos preocupar em culpá-las, e sim, nos preocupar em nos manter.

Obrigado por fazer parte do meu sorriso, seus cabelos pretos enquanto presos e o leve toque da sua mão - que tal -, vamos dormir agora?

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Depois que ela partiu...

Eu não consigo esquecer, nem fingir que esqueci, o frio que atravessa a janela do meu apartamento e o café amargo que tomo todas as manhãs tem o gosto do beijo dela. Eu deveria ter escutado-a, seus problemas resolvidos e depois ter saído, ileso, sem cicatrizes e dores corporais. Na verdade, qualquer desculpa em tons de preto é uma desculpa para eu beber.

Detesto me culpar e não adiantou ela escrever em todos os espelhos que a culpa não era minha, detesto não ter segurado em seu braço e ter deixado ela partir, pagamos um preço alto pela solidão, afinal, era só um preâmbulo, nunca fomos dois, não por falta de tentar, mas a escuridão agora faz menos sentido sem o seu boa noite, ainda tenho seu sorriso aqui comigo, também me culpo por isso.

A frieza dela me deixou ainda mais intenso, com mais calor e com mais vontade de me apaixonar, mas como me entregar à alguém, se já sou entregue a ela? - Talvez ela peça para voltar - Preciso parar de ouvir meu subconsciente, com isso só me iludo mais;

Na verdade, ela não quer voltar, se quisesse já teria o feito, chamei algumas vezes e ela não fez nada, não esboçou nenhuma reação e nem um sentimento de compaixão, talvez eu tenha que me conformar.

Golpe do destino, não tive nenhuma oportunidade.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Pelas madrugadas...


Há tempos sem dormir dedico horas da minha madrugada com chuva em pensamentos que voam de encontro com ela. Por que ela tem nome, sorriso e sabe fazer com que eu fique assim? Duas ou três horas da manhã, e lá se vai mais uma noite de sono, dormirei três ou quatro mais uma vez.

O café que não foi tomado, o beijo que não foi dado e o abraço que não foi sentido. Não sei se sinto falta de tudo isso, ou se minha cama sente falta do cheiro que ela têm, afinal, o que falta para nós?!

Temo não existir nós, até porquê não serão nessas noites em que deixei de escutar sua voz, porém aos montes invade meus sonhos e deixa claro para mim que você esta aqui comigo. Saia logo desse sonho e venha viver uma realidade, não é possível que a chuva não deixe você caminhar de encontro à felicidade.

Meio as nuvens, talvez o sol abra, pois assim que ele sentir o seu sorriso a ler essa carta que deixei em sua casa, sei que sorrirás, eu saberei na mesma hora que eu ver o seu sorriso por aqui.

domingo, 23 de junho de 2013

Enquanto o cigarro queimava...

Encostei na parede, o sol tinha desaparecido novamente. Eu era a única pessoa na varanda, logo a fumaça subia lentamente e o cheiro do cigarro pregava os andares, meu casaco xadrez e as pontas dos meus dedos. A neblina cobria os montes, a lua apareceu e brilhou ainda mais forte, quando estamos sozinhos nos ostenta ainda mais a solidão, minha vida virou um pesadelo, não consegui desvendar seus mistérios e deixei você ir embora. Como você teve coragem de bater a porta e dizer que os problemas não eram meus e que os sorrisos não eram de felicidade?! Talvez eu quisesse que os problemas fossem meus também, mais uma vez egoísta, agora um céu sem cor, apenas não me odeie por ser sincero.

Venha até a mim, não precisa me cercar e seguir, como se fosse uma policial a paisana, prometo ficar onde estou, eu quero você de volta, mas nos permita, permita ser feliz, enfim, sorrir de verdade, uma felicidade só, nossa felicidade.

São três da madrugada e mais uma vez sento na varanda e leio um livro, escuto aquela música que ela gostava, enquanto tirava a roupa e se entregava, várias vezes pedindo para eu fazer silêncio e apenas escutas seus sussurros enquanto nos entregávamos sem pressa ao que talvez achássemos que fosse amor.

Você não está sozinha, eu nunca deixei de querer ser vítima do seu amor egoísta, eu ainda estou aqui por você, não deixe que tirem esse sonho de nós.

Olhe para si mesma e faça uma mudança, insônias a parte, preciso de um cigarro.

sábado, 22 de junho de 2013

Sobre a tal felicidade que não anda por aqui

Sem desafinar, um passeio no parque, o som de um sax no fundo enquanto a relva está molhada de orvalho, os pensamentos naquela que não tenho mais, nunca tive em meus braços. Se ela resolveu seguir sua vida longe da minha, porquê ainda me segue? - Às vezes paro em frente algumas lojas e à vejo pelos espelhos e pelas vitrines, não sei se é verdade, não sei se é ilusão, mas conheço seu sorriso e sua maquiagem preta em torno os olhos, isso é inconfundível.

Sei que está bem, não tem como ficar sozinha, nem como ficar descontente. Ela é o centro das atenções por onde passa, os óculos te deixam bem a vontade em qualquer situação e seja com coturnos inusitados e enfeitados, ou all-stars branco, a moda faz seguir o seu destino, tudo se encaixa em seu corpo e em seu jeito de andar. Talvez eu sinta saudades de ter você, mas essa saudade de ter algo que nunca tive é o que me dá vontade de sair correndo para o bar mais próximo e beber uma ou duas doses a mais de solidão.

Por quê desisti? Não consigo entender os motivos de ter sido fraco, mas a dor era sufocante, a falta de chão para pisar e conseguir caminhar ao seu lado. Maldita, a culpa é sua! Por que me culpo?! Eu fiz o meu melhor, esforços a parte, sempre fui deixado de lado e agora que estou sozinho, como sempre estive, fui deixado de lado mesmo, pois sei que ela está sorrindo.

Não pare de sorrir então, você não é a primeira que me deixa e se entrega a felicidade, talvez eu seja esse remédio, talvez as pessoas só consigam ser felizes na minha ausência.

Preciso beber alguma coisa....

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Para se falar do amor...

     Sobre os cobertores te vejo acordar, duas da tarde de uma segunda-feira. Esse dia deveria se tornar feriado em toda noite de domingo que passamos juntos, fora feriado para nós dois. Seus olhos me fitando aos poucos enquanto sobre meu peito seu cabelo claro torna o calor do meu corpo, envolve um verão primeiro dia de inverno, há tempos ela se foi e de repente voltou, o tempo não volta atrás, mas você voltou em sua decisão, estamos numa boa, o sol clareia mesmo quando temos 11 ou 10 graus lá fora.

     O café estava quente pela madrugada, abri uma fresta da janela e me pus a pensar, conheci seus olhos durante todos esses dias e estive em seu mundo. Através deles vi o início e o fim das cosias, vi o amor nascer em um ponto distante do universo, onde o tudo e o nada se encontram, onde o amanhã não confunde o nosso ontem, e os sonhos se tornam realidade, mais uma vez estamos próximos e as dores cicatrizaram.

     Talvez eu tranque a porta e não deixe você ir, por um ou dois dias, mas aí privaria sua vida e não teríamos saudades e cobiças, você estava dormindo sonhos profundos, deixei a chave do lado do seu celular, você já tem o endereço, sabe que pode voltar, você é de casa.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

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Como pode terminar algo que nunca existiu? Algo que nunca começou? Alguém consegue explicar porquê algumas pessoas simplesmente nascem e morrem no mesmo dia?

Segunda-feira nascerá bem, hoje somos apenas prantos.

É difícil dedicar a sua verdade para alguém que é de mentira, não é mesmo?!

Pior que não, ela era de verdade, senti ao pegar sua mão pela última vez...

N/A: Ficarei o mês de Junho afastado, desculpas por isso meus queridos e fieis leitores. Os estudos começam a pegar muito forte por aqui.

domingo, 9 de junho de 2013

Algumas semanas por aí...

Procurar soluções enquanto só houveram problemas foi o que determinou o fim do relacionamento, o sistema falho que nos opôs do momento inicial ao término da relação. Acredite, tentei te salvar e falhei, cansei, não sou herói, não serei o seu.

Fiquei de pé, aguentei o perjúrio e as pedras que vinham em meu caminho, você me julgou, julgar os outros é o seu ponto forte, fiquei de pé mesmo assim. Dois ou três finais de semana sem ter você por perto, me sinto bem, voltei a sorrir e também sorriram para mim, o mundo nos permite surpresas quando queremos que nos surpreendam, chega de ser previsível, não abrirei mais a porta para você, o porteiro já sabe que não tens mais a chave do meu apartamento.

Até com a perda aprendemos algo, entre prepotências e arrogâncias, em sinais vitais que foram dados por meio das angústias madrugadas de conformismos sólidos e retóricos dos seus monólogos, às vezes coadjuvante, mas na maioria das vezes sempre um figurante. Estou gostando de viver, espero que vivas também, mas longe de mim, por favor... hoje não acredito mais em você, sei que em dois ou três finais de semana você também sorriu por aí.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Sem adeus, nem brilhetes

É como um mecanismo de defesa, ela surge como um meteoro e te encanta, logo depois te decepciona, a maioria dos homens fogem, meninos talvez, eu continuei. A decepção não fora tão grande perto do que já vivi, peguei em suas mãos e depois de duas ou três noites que me desfez, trocou meu nome e falou dos ex-namorados, ainda estive lá. Os dias não eram inteiros sem você do meu lado, o frio constante cortando os meus lábios, mais um ou dois bilhetes dizendo que partiria, estava cansada de mim e do meu passado, que era safado e não convivia com uma só mulher.

Eu era muito feliz, sou mais feliz agora, às vezes sorrio sozinho ao te ver dormir do meu lado, talvez perdemos tempo enquanto não estávamos juntos, ou o tempo que se perdeu entre a gente, você novamente pegou as roupas na cabeceira e saiu, eu não sei para onde foi, o telefone só dá caixa postal.

Você gosta de sentir desejada, afinal, mulheres são assim, mas você pega pesado, você some e não dá notícias, o egoísmo é gritante, aos cotovelos fala sobre sua vida e esquece de perguntar da minha, um simples bom dia. Eu ainda estou aqui, talvez não esteja amanhã, você está conseguindo o que quer, aos poucos estou me afastando de você.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Agora é pra ficar

Gosto quando você está sem maquiagem, olheiras cansadas marcam o seu dia exaustivo, o cabelo preso em tranças te deixa estressada, desconta um ou dois xingamentos em minha direção, até me culpa sem procedente, coisas que só Katia é capaz, ser beleza irracional quando ninguém consegue ser.

Seria fácil compreender os seus mistérios, talvez não pertencem muito a mim, mas em cada amanhecer que tenho ao seu lado, sinto ainda mais vontade de desvendá-los. São cinco ou seis da manhã quando pegamos no sono, o despertador começa a tocar e neste domingo já passou das três, estou em paz com você do meu lado, abraços abafados e exalados pelo calor, o cheiro de primavera que você deixa na minha cama e no meu cobertor;

Aos poucos você se entrega, se joga em meus braços e torna-se minha mulher, todos já sabem de você, mesmo você negando, ou não aceitando, Djavan já cantou Katia uma vez, volto a repetir: Não existe amor sem medo, boa noite.