sexta-feira, 21 de junho de 2013

Para se falar do amor...

     Sobre os cobertores te vejo acordar, duas da tarde de uma segunda-feira. Esse dia deveria se tornar feriado em toda noite de domingo que passamos juntos, fora feriado para nós dois. Seus olhos me fitando aos poucos enquanto sobre meu peito seu cabelo claro torna o calor do meu corpo, envolve um verão primeiro dia de inverno, há tempos ela se foi e de repente voltou, o tempo não volta atrás, mas você voltou em sua decisão, estamos numa boa, o sol clareia mesmo quando temos 11 ou 10 graus lá fora.

     O café estava quente pela madrugada, abri uma fresta da janela e me pus a pensar, conheci seus olhos durante todos esses dias e estive em seu mundo. Através deles vi o início e o fim das cosias, vi o amor nascer em um ponto distante do universo, onde o tudo e o nada se encontram, onde o amanhã não confunde o nosso ontem, e os sonhos se tornam realidade, mais uma vez estamos próximos e as dores cicatrizaram.

     Talvez eu tranque a porta e não deixe você ir, por um ou dois dias, mas aí privaria sua vida e não teríamos saudades e cobiças, você estava dormindo sonhos profundos, deixei a chave do lado do seu celular, você já tem o endereço, sabe que pode voltar, você é de casa.

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