terça-feira, 26 de novembro de 2013

Eu não acredito em você...


Eu tento explorar alguma forma de sermos um só, andar na mesma calçada e partilhar dos mesmos gostos, dos mesmos quadros; gosto dessa nova música do Foo Fighters, talvez ele tenha feito para você; não gosto da forma de como diverte-se comigo, isso terminará.

Me afasto e quando busco entender me sinto só, sou ninguém e mais uma vez estou sozinho, um grilo solitário que guizalha pelas madrugadas de chuva. Mais uma noite sem você. Já estou acostumado, mas não queria estar.

Só pedi companhia, pois sei que seríamos um casal legal, mas mais uma vez você solta minha mão e atravessa para a outra calçada; há tempos não sei por onde anda, mas sei que não é comigo, sei que suas promessas falhas de melhoras infantis são pífias, incrédulas e infames.

Preciso beber alguma coisa...

domingo, 17 de novembro de 2013

Suas falsas despedidas

Vá embora e deixe meus livros, preciso respirar em silêncio enquanto vejo fazer as malas, sua despedida é o meu convite para ser feliz novamente, há tempos não sei o que são sorrisos sinceros, você é um dia inacabado, são as quatro estações em apenas um dia, sorrio com essa perda, afinal, estava em paz quando você resolveu voltar, meu mar sem ondas em um tsunami pela última vez, me permiti você e isso me entristeceu, novamente respiro aliviado.

Seja justa comigo, estávamos próximos, aceitei e reacendi uma chama até então apagada e dissolvida de uma esperança falha, em vão...doce ilusão!

Não seguirei suas luzes, sei que há de brilhar, porém ficarei em paz. Tenha em ti que essa partida fara bem ao seu coração, não importa a hora, nem deixemos para que o regime de nos termos comece na segunda-feira, não volte perdida nessas ondas, o oceano é muito grande e você pode se perder em outras ilhas.

Ainda lembro do nosso beijo sem jeito, mas não há remédio que me faça acreditar em você. Acalme-te o diabo pensando do que podíamos ser.

Preciso de um bom e velho cavalo branco nesta noite.

sábado, 16 de novembro de 2013

Duas da manhã


São linhas falhas, insone e mais uma vez distantes; sólidas e frias, assim como minhas noites solitárias mesmo em dias quentes.

Estou sozinho, mais uma vez acreditei em você. Permito-me não ser educado, dessa vez você jogou pesado, soco nas partes íntimas, o gongo já tinha soado. Eu, que estivera em paz acreditei, a chuva terminou e desfez os pingos na janela, você novamente foi embora.

Espero que dessa vez tenha ido mesmo, sabiamente soberana em mentir, parabéns...conseguiu mais uma vez.

Soa o gongo, ganhou por nocaute.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Sua Indiferença

Somos diferentes e isso nos torna iguais. Okay, eu não uso coturnos, mas meus sapatos também são pretos; eu escuto blues enquanto estudo e lá no quarto você discute com suas amigas ao som de THE VERVE, sério... acho isso incrível. Queria achar alguma forma de te dizer quão diferente somos, mas como eu respeito sua indiferença para o mundo e quanto admiro-a, nunca pensei em ser igual aos seus ex-namorados, mas sei que te completo e me aceitei incondicionalmente por sermos assim, até porquê sou um pouco louco também, às pessoas não me acham o cara mais normal do mundo.

São esses cabelos pretos, a forma que sorri e me beija, sai correndo logo em seguida... - espere amor, você esqueceu o seu café, boa sorte na nova agência de publicidade, eu sabia que você conseguiria -, não hesito, sei que você é a mulher da minha vida e eu posso ser o seu homem, e entendo as suas dificuldades, pois às vivi com você, segurei sua mão e resolvi partir, mas nunca deixei de guiar seus passos mesmo de longe, por isso permiti sua volta, permitir voltar também, pois sem você não sou sorrisos, sou branco, e por favor, eu quero ser preto, fechar os olhos e esquecer do mundo, abri-los e ter você ao meu lado.

Sou louco, preciso parar de beber e fazer a barba. Mais uma dose de você nessa noite, amanhã um pouco de morfina pela manhã.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Drogas e amores

Parei com a cocaína, mas mesmo assim o meu pior vício é você, sempre foi você. Seus cílios sempre perfeitos, isso entristece meu coração, não há remédio que cure a dor lá no fundo, no âmago, no silêncio dos segredos misteriosos contados no divã, vá para o inferno e desapareça, você não pede licença quando invade os meus sonhos e faz poses para minhas lentes fotográficas. Não pense que é igual antigamente, há tempos não sinto seus lábios, vá para o inferno e desapareça.

Em meus sonhos desfila como se fosse um pavão, gostosa da cabeça aos pés, scarpins e pulseiras... vestido preto inconfundível, gestos sutis e convites para o inferno. Quer que eu vá sonhar com você, não vou mais ficar do seu lado, mesmo assim sempre eu vou te amar, em silêncio e aos prantos acordo atrasado, mais uma vez dormi no sofá.

Não venha dizer que é errado, pois você sabe o que aconteceu. Entreguei as melhores partes de mim e você resolveu ir embora, como ousa voltar e prometer apenas o possível, não acredito na distância das suas palavras, pare de me atormentar em sonhos e perceba que só acreditarei quando perder seus olhos nos meus.




sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Cristina, sua vaca!

Estive caminhando confuso, paguei três ou quatro doses, não lembro, estou confuso. Já fazem alguns meses, anos e talvez lábios, há tempos não beijo seus lábios. Preciso de um cigarro, são três da manhã e preciso de mais um trago. Quero um mar, caminhar nas areias e escrever o seu nome, meu castelo ruiu, você novamente desapareceu. UMA ESTELA CADENTE, fiz um pedido... mais uma vez ele não foi atendido, mais uma vez você não atendeu meus telefonemas, vou gritar na janela da sua casa... SAIA, SAIA... 

Merda, os cachorros começaram a latir, saio correndo pois estão pulando o muro, perdi o meu tênis nesta madrugada, há tempos perdi o coração, meu coração está sangrando na mão de Cristina, Cristina... CRISTINA, sua vaca!

Avisto um banco próximo de casa, não tenho um tostão, irei dormir por lá, sou um vadio inconsequente, desde que perdi Cristina, me perdi e sou andarilho, vagabundo com a barba grande, daqueles que as crianças saem correndo durante o dia, as mães me chamam de estuprador, de mendigo... na verdade, gosto da solidão, mesmo querendo matar Cristina, gosto da solidão.

Na verdade, quando o guardanapo terminou as minhas escritas falhas, bolei mais um baseado, essa seria a última carta para ela, queimou e desfez.

Meu destino será a ponte mais alta de São Paulo, que Deus cuide dela, preciso ir embora, aliás... fui para nunca mais voltar.