sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Cristina, sua vaca!

Estive caminhando confuso, paguei três ou quatro doses, não lembro, estou confuso. Já fazem alguns meses, anos e talvez lábios, há tempos não beijo seus lábios. Preciso de um cigarro, são três da manhã e preciso de mais um trago. Quero um mar, caminhar nas areias e escrever o seu nome, meu castelo ruiu, você novamente desapareceu. UMA ESTELA CADENTE, fiz um pedido... mais uma vez ele não foi atendido, mais uma vez você não atendeu meus telefonemas, vou gritar na janela da sua casa... SAIA, SAIA... 

Merda, os cachorros começaram a latir, saio correndo pois estão pulando o muro, perdi o meu tênis nesta madrugada, há tempos perdi o coração, meu coração está sangrando na mão de Cristina, Cristina... CRISTINA, sua vaca!

Avisto um banco próximo de casa, não tenho um tostão, irei dormir por lá, sou um vadio inconsequente, desde que perdi Cristina, me perdi e sou andarilho, vagabundo com a barba grande, daqueles que as crianças saem correndo durante o dia, as mães me chamam de estuprador, de mendigo... na verdade, gosto da solidão, mesmo querendo matar Cristina, gosto da solidão.

Na verdade, quando o guardanapo terminou as minhas escritas falhas, bolei mais um baseado, essa seria a última carta para ela, queimou e desfez.

Meu destino será a ponte mais alta de São Paulo, que Deus cuide dela, preciso ir embora, aliás... fui para nunca mais voltar.

3 comentários:

Leo Stortti disse...

TAKILPARIU!!!! O melhor texto q vc já escreveu! Parabéns mesmo, meu irmão... tá mandando bem pra caralho!!!

Victor Stifler disse...

Obrigado irmão, de coração. Como eu te disse, estava bêbado ontem e feliz, mas não aguentei a ansiedade de publicar o texto esta noite, tive que antecipar.

Obrigado pelas palavras irmão, mesmo.

TAMO JUNTO!

Fulano disse...

Show de bola irmão!!!
Belo romance!