sábado, 9 de abril de 2011

Partiu...

As velas se apagaram e nesse escuro costumávamos namorar o silêncio em cantares espessos ao pé do ouvido friamente rígido aos tons afinados do valor de qualquer música que falava de amor. Dei-lhe todas as cenas, o cenário e o papel principal, passos marcados foram vistos por nós dois, as noites afagas na falta de respiração, a vontade de levantar só para te apreciar vendo de cima o seu corpo nu envolto do edredon cor vermelho amor madrugada, não negarei esforços e trovas em , porém já não os mais.

Foi embora, que jeito covarde, prometeu o amor eterno, olhava diretamente pra minha alma, perfazia o vento que vinha da janela semi-aberta do nosso quarto. Eu escutava o som do mar naquela noite, conseguia entender cada marola vinda de leve para não nos acordar do sonho que tínhamos em dois. As palavras da sua despedida ainda soavam sonolentas em minha mente, foram palavras atiradas como pedras que quebraram o meu coração de vidro.

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