domingo, 30 de março de 2014

Fez-te solidão, amou em vão...





Quem é aquela garota que me fascina, sobe pelas escadas e me alucina, anda na ponta do pé e desatina a minha retina, creatina para meu coração, pulsa em vão, me deixou só, solidão, nasce o outono e adeus verão... adeus cretina do bar, um jazz a tocar e meu coração sem perdão. Ah, meu coração a te amar, pois enquanto me perdi a me apaixonar à primeira vista, lá se vai você iludir mais uns que estão sempre a te procurar, e não vão te encontrar, você há de se esquivar, pois mente ao rebolar, sorriso falso de meretriz por um momento infeliz a saborear a vitória que tens em meu queixo caído, e assim fiquei, jogado aos seus pés, quase exagerado, só não por não ter sido amor inventado, e sim rasgado... vá para o inferno, você roubou meu verso, leve esse sorriso daqui, ele não cabe em meu poema de amor, nem sequer cabe em meu calor, perde-se o sabor das palavras enquanto seus peitos são descobertos por amores vis, pobre e solitária mulher infeliz.

Eu sei que está tudo bem, mas por favor, nem vem que não tem. Desfez o quão doce era nosso amor, falso amor, sobre minha mente desamor em doces ilusões, corações partidos sem perdões, sem emoções, vai-te para o inferno ou me deixe queimar por aqui, solitário em me permitir as lágrimas. Talvez ela se sinta só, talvez esteja tudo bem, talvez não sejamos mais voz, talvez não sejamos querer.

Não finja deixar para lá, você deveria ter ido embora e nem ao menos ter me deixado sonhar; tirei os pés do chão e voei. Quando voltei aos meus passos largos me enganei, sobre seus beijos flácidos e irrisórios por todas as noites inquietas de imperfeição, vá-te ao mundo e me deixe seguir só, porém trilhando bons passos nessa escuridão.


Um comentário:

Fulano disse...

Fantástico!! Envolvente esse romance!