quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

A dor da perda cicatrizou

Faz tempo, seis meses talvez, não sei se o seu cabelo ainda é preto, nem se discute sobre futebol. Ainda discute com as meninas da sua faculdade? - Você detestava direito civil, apenas como comentário pessoal, aprendi a gostar.

Enquanto éramos casados vivíamos os outros, poucos e vagos momentos que eram nossos, massagens na nuca durante algumas terças-feiras e sua preguiça habitual nas sexta-feiras que sobre meu colo se repousava, nosso bulldog também não nos dava espaço, ele deve estar gordo como de costume, não?!

Resolvi partir, sabia que era um erro, eu insisti e apostei em sua mudança, no fundo sabia que a culpa era minha, sempre foi minha até quando o chuveiro queimara, ou mesmo quando comprava flores, você sempre detestou flores, o problema sempre foi meu.

Gosto do jeito que dança, mas nossa valsa postou o marco final, se ruiu. Tínhamos o hábito de tomar umas cervejas juntos, mas enquanto estávamos juntos ela parecia quente, malte seco, opróbrio ao meu querer, não conseguia mais gerir nada, muito menos o nosso relacionamento.

Vai chover por aqui, lembro da nossa primeira chuva, foi a última que te vi sorrir, não suplicarei a sua volta. Mas vamos supor, se voltasse: O que realmente mudaria? O que estaria disposta a fazer para mudar?

...

Rasguei o bilhete e joguei no lixo, não mandei nenhum e-mail, nem tampouco fui à faculdade dela. Não sorriremos mais juntos, forcejarei para te esquecer.

2 comentários:

Leo Stortti disse...

Boa, irmão... seguindo o fluxo, mantendo o padrão nos textos. Show!!!

Grande abraço!

Fulano disse...

Boaaa!! E que se dane ela e o bulldog, há belas senhoritas com vira-latas. rsrs
Bom romance cumpadi! Abração!