segunda-feira, 28 de abril de 2014

Vossa majestade és uma vaca



Não permito retorno fáceis, não pense que podes chegar aqui sorridente e dançando, passeando sua mão sobre meus braços enquanto beija o canto da minha boca, não me convenço com seus longos abraços, não ridicularize o meu amor, mesmo que inóspito. Você resolveu ir embora, não me inclinarei por sua volta, Vossa Majestade.

O tão esperado outono chegou e não sei por onde andou, mas sei que não caminhava sozinha, principalmente quando me deixou só, sorria amores antigos que foram dispensados quando se tornaram vis. Poupe-me dos detalhes, Vossa Majestade, não serei seu bobo da corte novamente, não interrompa as minhas madrugadas, suas mensagens não serão lidas, não responderei suas cartas.

Talvez você invada meus pensamentos nestas noites, porém sempre haverá um amor para que eu fique bem, principalmente por não confiar em você e em suas folhas mortas de outono; não dormirei nestas noites, mas por favor, venha pegar suas coisas e vá embora, deixei a chave na portaria para não cruzar contigo no elevador, ficarei sozinho, mas recuso aceitar-te de volta. Volte ao seu trono solitário, seu rei te abandonou novamente e em meu corpo pedistes abrigo e perdão, doce ilusão.

Não dessa vez, Vossa Majestade, com sua licença, preciso ficar sozinho mais uma vez.


N/A: Mais um romance acompanhado com as fotos da galera da All Constrast que mandam demais. Link no facebook: https://www.facebook.com/AllContrast?fref=ts

Um comentário:

Fulano disse...

Vossa Majestade está brincando com os contos. rsrsrs
Abraços!