Em uma noite fria de São Paulo, chovia, e chovia forte, não é novidade para nós moradores desse hospício ao céu aberto, e, andando pela Vila Madalena me deparei com alguns amigos da infância e sim, meu amor passado estava lá também. Nunca mais tinha visto sorrir, fiquei sabendo que tinha se casado e se mudado para a o Ipiranga, longe, longe... - Enfim, linda e sóbria, aceitei o convite, brindei ao som poderoso das cordas de Rael da Rima e a Vila Madalena vibrou, nos permitiu uma dança, que prazer seria um dueto, São Paulo, aquela noite resolveu não dormir mais, os convites começaram a ser feitos com os olhares e nos envolveram, planos conquistados a parte, eu continuava morando em meu apartamento e por tempos imaginei como seria esse reencontro, mas não dessa forma, pois quando chegamos em casa, a casa continuava sendo dela, o Astrubal mexia o rabo como se encontrasse ela todos os dias, ela ainda sabia o macete para desligar a TV ao bater as palmas, é incrível, mas quando é pra ser todas as palavras são ditas em um abraço.
Fechei os olhos e não dormimos a noite inteira, seu sorriso era meu novamente, deu para ver pela luz fosca que vinha do abajur frente ao corredor, voltamos a ser o melhor casal, voltamos a ser um só, São Paulo não dormirá tão cedo...
N/A: Estou com saudades da minha terra mesmo, a capital é muito viva em mim, espero que gostem.
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