quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Cinco da manhã de um novo dia...

Talvez eu tenha bebido demais e tenha feito a maior merda da minha vida, ter deixado você ir embora. Você não seria capaz de me amar novamente, eu sou um demônio, caminho pelas ruas. As luzes se apagaram em São Paulo, vejo as velas acesas enquanto caminho pela chuva, não deixo de ser um demônio e não me perdôo por você ter escolhido o caminho oposto. Você não seria capaz de me amar novamente.

Os tempos eram outros, a preguiça nos contagiava no domingo, não levantávamos para nada. Sutiã no chão, você com a minha camisa, nó da gravata frouxa, me imitando, me chamando de advogado do Diabo. Tola, eu sou o próprio demônio, despedacei o seu coração, enfim, é isso o que fazemos com anjos como você. Talvez eu não tenha nascido para apreciar uma boa manhã de domingo, mande avisar o mundo inteiro. Mulheres, me encontrem num bar, mentirei para vocês e enquanto vocês caem em minhas falácias, fingirei ser o melhor dos homens, falarei do meu escritório e de como sou prepotente no mais alto prédio da Avenida Paulista, contarei vantagem e direi que o brilho dos seus olhos são como a lua. Blá blá blá, não te prometerei nada em troca, apenas mentirei lhe permitindo ser especial.

Talvez eu use isso como defesa pessoal, espalhem a notícia, eu caminho sozinho pela noite novamente, eu gosto da chuva e da classe alta da cidade. Mande avisar que a partir de agora eu só uso gravatas pretas, estou de luto por ter perdido o mais lindo anjo.

São cinco da manhã de um novo dia, estou mais uma noite sem dormir, este é mais um dia sem sol.

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