domingo, 29 de junho de 2014

Ela e o bendito vinho...

Dias atrás ela esteve aqui em casa, brigou com o namorado e precisava conversar com a pior espécie de homem que já conhecerá (sim, sou eu). Pedimos uma pizza e espalhamos as fichas de poker pela mesa, por ser uma mentirosa de primeira, és uma excelente jogadora. Na verdade, gosto de sua companhia também. O mais puro scotch, dezoito anos para mim, para ela, sempre o mesmo vinho tinto seco sem graça, aliás, por saber que aqui no meu apartamento não tinha vinho, quando tocou a campainha, já estava com o vinho em mãos.

De repente o namorado novato diz que te ama e você surta, se assusta e finge uma doença, atendeu um telefonema e disse para ele que já está melhor, sua mãe está cuidando de você. Qual o seu problema?! Na verdade, ganhei a primeira mão com um par de reis, blefei e ela não caiu, dei sorte, ela realmente me conhece.

A noite inteira reclamou dos seus ex-amores, disse encontrar o amor verdadeiro, está feliz por estar junto com ele, mas por quais motivos inóspitos não estávamos juntos?! Oras, porque sou a pior espécie de homem, simples não?! Por incrível que pareça, em nossos longos três anos de relacionamentos (nada sérios, éramos noites de sexo no começo, depois nos tornamos filmes e sexo, depois nos tornamos filmes, sexos e café da manhã, mas nunca...NUNCA, fomos apresentados às nossas famílias e amigos, éramos apenas negócios). Sim, talvez eu seja a pior espécie de homem e não tenha deixado-a ser minha mulher, tarde demais. 

Ou não...

Um comentário:

Fulano disse...

Mais um belo romance!!
Padrão Stifler de qualidade.