domingo, 4 de março de 2012

Felicidade falsa por toda a ausência que tens

Desde que não somos mais absolutamente nada, não te vi e nem escutei os seus passos por aqui. Fiquei sabendo que está feliz e entregue nos braços de algumas desavenças, sorrisos ao caminhar, lágrimas ao dormir. 

Percebo o quão infeliz as traças estão em seu apartamento frio e sem cor, janela com os vidros quebrados e o espelho cheio de sangue faz a sua televisão desatar interferências no som, assim, vejo-te jogada no canto do quarto. Não vejo felicidade, escutei risos altos, falsos em busca de vingança para qual o seu desespero por algo que eu não pude dar, porém, não vejo alegrias partidas de ti, não quero, nem adianta suplicar os seus gritos silenciosos a cada berro explanado por seu coração.

Você teve minha anuência, pode partir e levar consigo mesma tudo o que quis, colocou na sua mochila os livros, a lua e o sol que costumava entrar pela cortina semi-aberta do meu quarto. Nocautes a parte, consegui levantar no ultimo round e vencer mais uma batalha nesta vida, então não peça para voltar, principalmente por você não fazer mais parte desse mundo, do meu mundo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Perfeito. (: