sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Quando éramos dois

Saudades de te ver partir a cada manhã, dormíamos no correr da madrugada, pois éramos constantes peças do amor, éramos pegadas fortes que faziam invejas aos vizinhos, sussurros e gemidos faziam o quarto pegar fogo e cada vez mais estávamos entregues ao prazer e ao carinho que tínhamos. A doce partida era gratificante, o café da manhã na cama, e enquanto eu te via produzir da minha cama, você saltava 15 cm em um salto peep toe, achava divinamente sexy o jeito que você olhava sobre o espelho eu tomar banho, e cada gesto que fazia no elevador, com as boas lembranças de cada noite anterior, com esperanças de a cada anoitecer nos termos novamente.

Certo fim de tarde imaginei nos termos novamente e enquanto bebia uma dose do meu 18 anos rotineiro, lia um bilhete deixado por ti, poupou a despedida, a choradeira que era normal de todas as despedidas que tínhamos quando viajávamos a trabalho, da ultima vez que partiu, te vi subir no ônibus e enquanto ia embora, olhei pra trás, você olhou pra mim e sorriu, lembro como se fosse ontem, então por hora, lendo o seu bilhete e não te vendo partir, fico com essa imagem na cabeça, você não prometeu a volta, mas já lamenta muito ter partido e por hora, isso mantém a esperança, até porque manterei o seu travesseiro aqui, do lado do meu.

2 comentários:

Leo Stortti disse...

Falar o q???? Cada texto q é postado é uma viagem minha diferente.. cada vez melhor, sempre o mesmo ritmo, a mesma pegada.. parabéns, meu véio!!!

Isadora disse...

Amei, ainda citou os sapatos... rsrs