sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Partir para uma talvez volta

Não gosto de pensar na hipótese de ter você longe, logo agora que tínhamos tudo para sermos felizes, logo agora que os nossos corpos se encontraram e tudo o que tínhamos combinados fora água abaixo. Prometermos sermos apenas bons amigos, e com um simples troque de olhar, já éramos dois corpos nus e entregues como se fossemos adolescentes descobrindo o sexo. Foi interessante navegar por esses mares, foi perfeito, digo eu, pois sabíamos que a tempestade estava chegando e mesmo assim continuamos a navegar, talvez a bússola tivesse quebrado e como dois marinheiros de primeira viagem, estávamos perdidos, mas não, impressionantemente conhecíamos cada faceta, gesto, bem e mau um do outro.

Eu sabia todas as cores dos seus defeitos e impressionantemente você sabia enxergar as cores preto e branco das minhas perfeições, então, não era muito complicado tirar os seus pés do chão, pois logo eu estava vendo que não navegávamos mares calmos, planávamos sobre as nuvens e sobre turbulentas confusões feitas para nos distanciar. Eu peço, volte para mim, pois se for para ter um corpo sobre o meu, que seja o teu e que seja revestido com a maior paixão, pois sou tênue a lembrar de cada momento, as luzes apagadas não tem mais graça sem o seu brilho para iluminar a lua.

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