Escrito a um fio...

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A noite caiu e com ela a chuva. Molhando os dois corpos no chão. Sem fim e com uma brisa área que vinha do sul a chuva cortava fina pela aquela viela escura e fria da capital. Os corpos parados, imóveis e cansados de tanto tentar se salvar de um mundo triste e frio. Aquela chuva não tinha fim. Aquela noite sem vida e sem luar. As estrelas em um fio, sem brilho e sem cor. A falta de amor deixado para lados mais frios deixaram o casal sem esperança alguma de viver. Até que um claro no céu apareceu, onde o sol nasceu em forma de lua no céu. Os corpos que até então pareciam mortos no chão levantaram e começaram a apreciar esse grande fenômeno raro e mágico na natureza. A chuva parou de molhar os corpos que ali ficaram e conquistaram de novo a mágica de se amar e ter-nos de novo. Uma lágrima, um gesto, uma palavra e uma canção.

‘’Me salve deste mundo, vamos tentar de novo viver com o amor, vamos escrever nossos nomes nas estrelas, vamos viver brilhando como o sol. Vamos viver essa madrugada fria com nossos corpos quentes’’

Sim; Um sim... as mágoas e as mentiras foram esquecidas e o casal sentiu o valor e o significado de ter o amor por perto de novo.

‘’Quando um corpo está no chão, não o tire de lá. Deite com ele e passe com ele a situação vivida.’’

Por mais que seja difícil, viver antes de partir...
E que a noite não tenha fim, viver antes de partir...
Amar e ter alguém feliz, viver antes de partir...
Perdoar e se amar, viver antes de partir...


N/a: Obrigado pelo selo ganho pela Butefly...fico feliz em saber que os textos estão começando a ganhar um destaque nas leituras de pessoas inteligentes. Obrigado Henrique pela indicação do texto ‘’és contigo’’ onde traça a história de um andarilho, fico feliz....pode ter certeza! Beijos e abraços a todos...