segunda-feira, 26 de setembro de 2016

...sobre dias complicados

...hoje acordei para te amar, pois sei que tivera uma madrugada daquelas onde ardeu em febre e delirou para os quatro cantos coisas ruins, ainda assim estive ao seu lado, pois nós sabemos quão difícil é ter alguém todos os dias, o amor caminha frente dois extremos surreais de querer o bem/mal, como se a disputa fosse interna, mas não vem ao fato. Hoje acordei para te amar, pois tivemos uma noite complicada e rezei para que não saíssemos da cama. Você acordou mais cedo e foi para o banho, situação estranha...o cheiro do café não partiu da nossa cozinha.

Se trocou e saiu, não falou uma só palavra, realmente te senti distante. O abraço fora frio, um beijo dado por dar, como se fosse obrigação, como se fosse o feito o que tivesse que ser feito ali, naquela situação e por nos envolver num caso rotineiro do casal. Levantei meia hora depois, dei ração para nossas cadelinhas e reguei as plantas da varanda. Vi um filme da metade até o final, comi uma maçã e ainda não consegui esquecer quão frio o apartamento ficou sem sua presença, sua distância me incomodou pela primeira vez, mas respeitarei seu silêncio.

São dez horas da noite e estou dormindo no sofá à pelo menos três, você me acorda e me leva para nossa cama, deita no meu peito sem falar uma só palavra e dorme. Casamento é foda, sei que amanhã será um dia incrível, mas pelo menos ver você repousar no meu peito me traz paz, afinal, aqui é o seu lugar.

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