terça-feira, 16 de setembro de 2014

Sobriedade inquieta...

Estou sóbrio há alguns dias, perfaço meus planos e metas, aos poucos tenho alcançado meus objetivos. Okay, nem tão sóbrio assim, sou uma farsa em relacionamentos, por isso tenho algumas válvulas de escapes, mas não deixo de pensar em como seria se você estivesse ao meu lado, fique tranquila, você será lembrada. Talvez você tenha sido o relacionamento mais perfeito que eu não tivera, te amei calado e distante, minhas linhas são falhas e tortuosas, amar calado...não sei o que isso significa.

Pressenti você voltando ao meu apartamento, algumas noites resolvi não trancar a porta, fumei dois becks antes de dormir e logo o final de semana se acabou. Mais uma vez, sóbrio há algumas semanas, tenho caminhado calado em busca do meu melhor, há dias não para de chover, tenho saído às 22 horas do escritório. Sim, você detestava o meu trabalho, hoje detesto sozinho. Aliás, de todo o tempo que perdi ao ter-te ao meu lado, eu só me arrependo dos livros que você levou embora, dos discos que não estão mais aqui, meu sorriso não era feliz contigo, nunca sequer consegui ser feliz com alguém, por isso não te culpo, por isso não sei definir o amor que acreditei sentir. Às vezes penso que não tenha sido amor.

Mais becks e cafés, a insônia persiste em me acompanhar, essa sim, fiel e sombria, sempre calada, pois o silêncio persiste em fazer um barulho ensurdecedor em minha mente.

Ah...já foram tantas pelas quais já sofri e já fizera sofrer, Martinho que cante, pois ainda não me acostumei a viver assim.

Estou sóbrio há alguns dias, isso precisa terminar...

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