quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Sobre doses de solidão...

Um ano sem Priscila, sem seus olhos de mel toda manhã, sem saber sequer por onde tenha esquecido as chaves antes de ir embora. Bolsa lotada de tranqueiras, sonhos por todas viagens que fizemos juntos, um ano sem Priscila. Talvez eu tenha partido também, meses estudando em outro país, sequer deixei a chave na portaria, já dizias, era moradora em meu apartamento também, menti.

Talvez tenha casado, fui tolo e não propus, nunca me preocupei em não ter ninguém, mas há dias vou ao mesmo bar e peço duas ou três doses de solidão, não culpo Priscila. Inverno quente, pouca chuva, e da janela do meu escritório, paro e respiro, penso pela primeira vez em procurá-la, há de vir até a Avenida Paulista por esses dias, pois pensei em ter-te ao meu lado dormindo em todas as luas. Tudo nos conformes, como manda o figurino, de acordo com meu horóscopo, outro vício pífio que adquiri ao não ter Priscila.

Que sorrias por onde passar, que dissipe todas as maldades provindas de tolos como eu, pois se eles soubessem, ah...se eles soubessem o que Priscila realmente és, nunca deixariam escapar por entre os dedos, eu seria de Priscila e ninguém mais...

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