quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Sobre o adeus de sempre...

Ontem enquanto divagava na minha terceira ou quarta dose de uísque comecei a pensar e talvez tenha chego a conclusão de que a culpa sempre fora minha, de que de todas que tive, realmente, a única que permaneceu comigo foi a insônia. Não nego, tenho um gênio muito difícil para certas situações, diga-se de passagem, não me esforço muito, pois prevejo os finais de formas ímpares, sou bom em solucionar problemas e escutar calúnias nos finais de relacionamentos; algumas esvaem toda raiva sentida e simplesmente entornam cantos ruidosos sobre mim, sou bom em apanhar calado, elas são boas em me culpar.

Hoje, seis da manhã, cigarro ao acordar, banho quente e nó na gravata. Rotina normal, metrô lotado, discuto com duas ou três pessoas, deixem os velhos sentar nos assentos preferenciais, porra. Sou chato, chamei atenção de uma arquiteta, engenheira, ou qualquer coisa que se refira ter aquele tubo preto com desenhos lá dentro; cinco minutos de conversa antes das baldeações. Telefones trocados, sorrisos e mentiras, um bar após o expediente de sexta-feira, já prevejo o final desse romance no sábado, talvez no domingo, às vezes dou uma chance para mim mesmo...

Prevejo calado a desgraça se concretizar, movo as montanhas enquanto estamos na cama, ela ri inconstante após o sexo, deita sua cabeça em meu peito e acaricia meu braço. Puta que pariu, como fazer ela partir agora!?

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