domingo, 21 de setembro de 2014

Depois do seu Adeus



Estive ausente, há tempos sinto que aos poucos perco meus amores. Culpei Deus por isso, sempre vou ao bar e sento no mesmo lugar, o garçom já sabe o que trazer, raras vezes ele me questiona sobre eu esperar alguém ou não. Eu digo que não, porém sempre esperei você voltar, culpo Deus por isso também. 

Várias doses enquanto bebo sob meia luz, pensamentos vão de encontro ao nosso ninho de prazer, suas pernas entrelaçando as minhas, espasmos finais, éramos frizz, arrepios do cóccix até a medula, nua em pelo enquanto meu corpo não pedia licença para te possuir. As minhas mãos conheciam o caminho, sem pressa para atalhos, o suor do seu corpo na minha boca enquanto você gritava e gemia palavras que nunca mais serão ditas por ninguém. Tola, você deveria ser minha mulher, aliás, você foi a única que realmente amei, talvez tenha sido por isso que aos poucos perdi meus amores. 

Hoje me conformo, coloquei minha vida em órbita novamente, exceto pela bebida, essa eu não faço a mínima questão de me livrar, porém é foda imaginar que talvez você esteja feliz por aí. Enfim, superada essa guerra pessoal em um infinito particular, permaneço incólume, por mais que seja supérfluo dizer isso.

Tentei seguir um roteiro para amar, porém esqueci que o amor não é escrito.

Foda-se, permaneço bêbado como de costume...


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