sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Maldita sejas...

Se soubesse que meu coração sangraria tamanha pujança, se eu realmente soubesse que jamais nasceria sol, não deixaria você partir, presa em minhas mãos se esvaiu por entre os dedos. Ah, Thereza, por onde andas que já não sei mais quem és!? Partistes e levastes o meu encanto, malditos olhos negros como a noite, incríveis cabelos longos e cheirosos nos abraços perdidos na rua escura atrás da faculdade. Amor vadio, talvez, mas era o amor que sempre sonhei. Eu era vagabundo, sentava no fundo da sala, eu sempre estava bêbado, bêbado de amor por Thereza...ela vinha rindo, jogando seu charme para todos. Malditos, ela era só minha; Puta que pariu, detesto lembrar destas cenas. Sonhos de valsa enquanto conversávamos sobre a vida, eram duas ou três horas da manhã, perdíamos o espaço, perdíamos o tempo necessário para alcançar os mais simples objetivos da vida, nossa principal meta era amar. Maldita Thereza!

Os lamentos que tenho são os mesmos de um coração partido; não dei valor e fora embora aos outros braços, és feliz pelo que sei da boca de terceiros, malditos também, me entristecem ao lembrar desta maldita história, deixe-a viver, façamos com que eu viva também, mundo hostil e inóspito, já não habitas mais.

Maldita Thereza, que sejas feliz, amei sem precedentes, como se fosse um epílogo em minha vida, mas partiu sem sequer deixar um bilhete, só me restaram saudades.

Estou sóbrio desde então, por isso tenho vivido infeliz. Maldita Thereza!


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