domingo, 12 de maio de 2013

Dez ou quinze minutos a mais

Não adianta transar e sair no meio da madrugada, o beck ainda está aceso e pronto para mais uma prosa, tenho gostado da sua pele, do cheiro e do seu riso, sua pele macia em cima da minha, o vento que arrepia pela fresta da janela, meia luz meus olhares são só para você.

Deixei o amanhã de lado, mas se eu acordar e você estiver do meu lado o caminho escolhido foi o certo. Não escolhi gostar de você e aos poucos você começa a gostar daqui, meu travesseiro tem o cheiro do seu shampoo. 

Brindamos por vários motivos, é muito bom ter você por perto, um domingo qualquer ou de sol, que pode até nascer para todos, mas dividir a sombra da nossa cama está sendo só com você, ranheta ao acordar, na ponta do pé teme me acordar, já deixei o café pronto e ela nem reparou, ela sempre dorme dez ou quinze minutos a mais.

Ela sofreu bastante, sinto algumas cicatrizes em seu corpo quando passeio pelo labirinto do seu corpo, mas não pego atalhos. Todos os dias tento conquistar, às vezes até francês eu finjo falar, Ne Me Quitte Pas*, 

malditos desamores presentes na vida das mulheres, estou fazendo arte enquanto faço amor, - não, só sexo por favor, amar é difícil, faça-me favor -, ela costuma dizer.

O domingo passou e ainda estávamos na cama, nunca imaginei acordar segunda-feira de bom humor, antes de levantar vou aproveitar mais uns dez ou quinze minutos tão habituais na vida dela.



* não me deixe

Um comentário:

Leo Stortti disse...

SENSACIONAL!!!