domingo, 8 de abril de 2012

A triste partida...

As velas se apagaram, e nesse escuro costumávamos namorar o silêncio em cantares espessos ao pé do ouvido. Eram friamente rígidos aos tons afinados do valor de qualquer música que falava de amor. Dei-lhe todas as cenas, o cenário e o papel principal, passos marcados foram vistos por nós dois, as noites afagas na falta de respiração, a vontade de levantar só para te apreciar vendo de cima o seu corpo nu envolto do edredom, não negarei esforços e trovas em Dó, porém já não os mais...

foi embora, que jeito covarde, prometeu o amor eterno. Olhava diretamente pra minha alma, perfazia o vento que vinha da janela semi-aberta do nosso quarto. Eu escutava o som do mar naquela noite, conseguia entender cada marola vinda de leve para não nos acordar do sonho que tínhamos em dois. As palavras da sua despedida ainda soavam sonolentas em minha mente, foram palavras atiradas como pedras que quebraram o meu coração de vidro, são fotografias constantes em meus pesadelos.

Um comentário:

Diogo Feidman disse...

Show cumpadi!!! Suas crônicas estão show de bola!
Abraços do mindigo mais Fuleiro do game. rsrsrs