domingo, 26 de abril de 2009

From hell do céu

Por aí andei, vi amigos morrendo, vi a noite solitária, fria e quieta. Sangues marcados em pegadas sem rumo, confusão, difusão, pensamentos? As viagens que eram feitas, a distância, não haver com a saudade, à distância, haver com a solidão. Um homem só, caminhando para tentar entender e ver quem realmente está ao seu lado. Ninguém, pura bobagem, amizades jogadas pelo canto por um orgulho infantil, por um erro cometido só por ser o dono da verdade. Às vezes nos basta saber, nos basta ficar quieto, agora, nesse mundo escuro, não tenho amigos, não tenho você... Você me deixou, viu que me criei um monstro, talvez dentro de mim nunca querendo acordar. Talvez seja eu também que esteja morto e eu esteja caminhando em um inferno sem cor, manchado por mentiras ou por verdades que temei dizer, mas as disse. A verdade fere o homem, será que foi esse o preço que paguei para vir ao inferno? Caminhar e sentir de perto essa agonia, essa solidão esse frio, meu corpo arde em chamas, mas sinto frio, tremulo, lápidas, possesso, saudade, dor, dor e dor. Não existe vida, não sou mais o mesmo, tenha cuidado, estou no inferno, mas sou vivo, cuidado eu estou por aí, sempre caminhando e uma hora ou outra pode ser você, que poderá vir aqui caminhar ao meu lado no inferno.

N/a: Aos amigos que por algum motivo, viraram seus rostos a mim. Sem ressentimentos, tenham uma longa vida.

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