domingo, 12 de junho de 2016

Há tempos ...

...há tempos sem me apaixonar, sem sentir o coração acelerar nos encontros ou nas mãos esquecidas uma sobre as outras em nossas despedidas. Seu nome soa como um blues, um café quente pela manhã depois de uma noite mal dormida ou até mesmo um bom filme numa noite fria e chuvosa de um domingo qualquer. 

Ela simplesmente esquece que não sabe dançar, ela não se importa com os rótulos e simplesmente se permite. Ela usa preto, rosa e qualquer cor, ela simplesmente faz nascer verão em dias turvos e sem cor. Ela é o jardim da primavera frente a solidão noturna das ruas de São Paulo. Merda, há tempos não me apaixonava. Não sei lidar, sou péssimo com relacionamentos, sempre acabo fazendo uma besteira e me afastando, mas UAU, com essa mulher é diferente...

São nove horas de um dia qualquer, meu telefone toca e ela quer me ver. Desde as três horas desse dia ou anteriores a esse, eu já quis, como se precisasse de uma desculpa para vê-la sorrir ao fechar os olhos e ter seus lábios encostados aos meus.

Merda, não sei se dessa vez conseguirei fugir. Na verdade, não quero, pois amo me perder no labirinto de seu olhar...


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