segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Sobre reencontros...

Anos atrás te reencontrei, a cor do cabelo havia mudado, aliás, o corpo também, mas o sorriso...ah, o sorriso continuava lindo, sabia sorrir como ninguém, os olhos sorriam e mudavam de cor a medida em que ia falando sobre a vida. Não entendi uma só palavra, viajei, fui para longe, fui para a lua e voltei, ela ainda falava, mexia nos cabelos e fazia com que eu me esquecesse de todos os problemas, sem dúvida alguma, ela sabia sorrir como ninguém.

Um até logo, e-mails trocados, dobrou a esquina  e coloquei meus fones de ouvido, sai cantando, batendo em minha bateria imaginária, Jorge Ben, "oba...lá vem ela", não olhei para trás, senti vergonha caso ela tenha dobrado a esquina, mas tenha pensado em voltar para me dar um abraço, baqueta na bateria, eu sou o melhor, nasci para esta garota.

Sobrevivi por ruas escuras, dias turvos e malacabados, chovia sem parar enquanto não recebia um e-mail em meu endereço eletrônico particular, maldita, esqueceu de mim, mais um papel em meio à tantos outros, fora esquecido como se fosse um batom velho dentro de uma bolsa feminina, vinte quilos de tralhas, no mínimo...

Mandastes um e-mail, respirei e esperei o pior, uma longa confissão, sorriso no canto da boca, li tímido, porém naquele instante soube que seria minha. Sofri muito, fui traída, não confio em ninguém, você não era uma pessoa tão boa e blá blá blá... Isso porque nem contei minha história, deixei sofrer e falar, mulheres gostam disso, apenas escutei.

Cafés e jantares, gestos simples ao te deixar em casa, um encontro ou dois, boa noite e durma bem. Hoje estamos completando 5 primaveras, e por todo esse tempo, todo esse tempo maluco que perdura eu sei, que a única certeza, é sobre sorrisos, os meus são seus.

Hoje nós tocamos bateria juntos e ela ri como uma doce criança, e eu rio como o dia não fosse terminar ao lado dela, minha doce menina.

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