domingo, 4 de maio de 2014

Sobre a necessidade...



Não lembro de pedir sua volta, nem sequer seu sorriso próximo ao meu. Lembro de dizer que sinto saudades, mas prefiro às sentir do que ter-te novamente. Não acredito em você, você pediu o plural, vários amores, foi uma necessidade sua, lembro de escutar de suas palavras sórdidas, talvez tenha sido em Dezembro, mas lembro de escutar-te feliz com outro alguém. Não queira ser minha novamente, eu não costumo desejar meu mal tão friamente, tratei-te como necessidade, mas você é o tipo de casa que eu não posso mais entrar, é uma rosa cheia de espinhos, é uma faca no chão após o corte profundo em um dedo provocado por um descuido de uma maldita cebola. Você é o final de tarde na cidade de São Paulo chuvosa, em plena sexta-feira, em plena Imigrantes às seis da tarde indo para a praia, você entende quão ruim você é?! quão mal você consegue me fazer, ou me fez, ou ainda fará?!

Não estarei ao seu lado, mesmo para sempre te amando, como se fosse platônico, em silêncio sempre falarei aos ventos que fui feliz contigo, mentirei para o resto da vida, é a tal da necessidade perdida, nem Deus andará por onde eu gritarei.

O sentimento de saudade é o que se foi, amor que não voltará para esta cidade, mesmo sendo errado, mesmo você sabendo o que aconteceu. Boa parte de mim foi embora quando você me julgou mal, trouxe para a nossa história um novo alguém, hoje me perco nas noites e não me arrependo de me apaixonar uma vez por semana, a última tinha cabelos laranjas, lembro das unhas azuis, ela dançava; não era real, desenhei nas ruas um amor triste, porém não tão triste quanto imaginar-te feliz ao meu lado, não existe tão pleonasmo, nunca existiu nós dois.

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