domingo, 5 de abril de 2015

Sobre escolhas...

As lembranças são foda, são as principais cicatrizes que marcam em meu peito. Sinto como se fosse um domingo preso em casa, onde o sol sequer tem vontade de nascer, sem ao menos termos uma chuva constante após o almoço. Um domingo e nada mais, meia taça de vinho em um tapete manchado, um silêncio vasto que incomoda minha consciência.

É triste perceber os planos falhos da vida, permitir que o destino esteja na mão de uma mulher que simplesmente jogará fora por apostar em algo que a curto prazo parecia correto, mas a longo prazo não obtém, não o conquista.

Eu sou um cara acostumado com derrotas, pois permito que ganhem aos poucos, lucro quando ganham, ganho em dobro quando vão embora, pois permitem escolher e simplesmente me deixar de canto, assim fica fácil desfazer os planos, pois elas usam o clichê "a culpa é minha" e isso me deixa aliviado. Finjo estar triste e sorrio, bebo mais.

Acontece que quantidade escassa não me completa, sinto falta de sentir o cheiro do seu cabelo sobre meu peito e o seu reclamar de tudo, simplesmente de tudo. Sinto falta de almoçarmos em um prato só. Sinto saudades de como fazemos amor e logo após tentarmos assistir um filme no sofá da sala, na ponta do pé voltarmos ao quarto para fazermos amor de novo, como se estivéssemos com vergonha das outras pessoas, talvez por se amar demais.

É foda ver que está tão disposta para tudo, exceto para mim. Esse dia pode ser tarde, mas talvez você entenda que sou o seu homem, assim aparecerá sem marcar horário e sorrindo, principalmente por não falhar mais com os demais, afinal, você só seria feliz comigo.

Eu gosto de surpresas, infelizmente você é previsível.

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