Não gosto de pensar na hipótese de ter você longe, logo agora que tínhamos tudo para sermos felizes, logo agora que os nossos corpos se encontraram e tudo o que tínhamos combinados fora água abaixo. Prometermos sermos apenas bons amigos, e com um simples troque de olhar, já éramos dois corpos nus e entregues como se fossemos adolescentes descobrindo o sexo. Foi interessante navegar por esses mares, foi perfeito, digo eu, pois sabíamos que a tempestade estava chegando e mesmo assim continuamos a navegar, talvez a bússola tivesse quebrado e como dois marinheiros de primeira viagem, estávamos perdidos, mas não, impressionantemente conhecíamos cada faceta, gesto, bem e mau um do outro.
Eu sabia todas as cores dos seus defeitos e impressionantemente você sabia enxergar as cores preto e branco das minhas perfeições, então, não era muito complicado tirar os seus pés do chão, pois logo eu estava vendo que não navegávamos mares calmos, planávamos sobre as nuvens e sobre turbulentas confusões feitas para nos distanciar. Eu peço, volte para mim, pois se for para ter um corpo sobre o meu, que seja o teu e que seja revestido com a maior paixão, pois sou tênue a lembrar de cada momento, as luzes apagadas não tem mais graça sem o seu brilho para iluminar a lua.
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